Mês inicia com aumento do gás de cozinha, medicamentos e da energia

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Foto: Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS

Em Mato Grosso do Sul, impacto já deve ser refletido no bolso dos consumidores, a partir de hoje

O mês de abril chega com diversos aumentos para o bolso da população. Entre energia, gás de cozinha e remédios, os reajustes já passam a valer a partir deste sábado, dia 1º de abril. A exceção fica por conta da energia elétrica, que terá seu futuro resolvido na próxima terça-feira (4), em reunião da diretoria da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Concen (Conselho de Consumidores da Área de Concessão da Energisa em Mato Grosso do Sul).

Remédios

Por meio de medida publicada nessa sexta-feira (31), em edição extra do DOU (Diário Oficial da União), o governo federal estipulou um novo reajuste para o preço dos medicamentos no país. O percentual máximo de aumento determinado ficou em 5,6% e passa a vigorar a partir deste sábado (1º).

O reajuste leva em consideração a inflação, entre os meses de março de 2022 e fevereiro deste ano, somada a outros indicadores do setor. Sendo que, em 2023, os indicadores foram zerados, considerando a inflação do período, que é igual à porcentagem estabelecida (5,6%).

Em comparativo com os dois últimos anos, o ajuste de 2023 é considerado baixo. Em 2021, foi
10,08% e em 2022, 10,98%.

A elevação não incidirá necessariamente sobre os preços praticados nas farmácias, sendo que o reajuste será feito com base no maior valor cobrado pelo remédio.

A farmacêutica e empresária no ramo em Campo Grande, Keyla de Andrade Theotônio Canônico, de 44 anos, explica que a mudança já é aguardada todos os anos, o que não gera grandes conflitos, na gestão. “Para nós (farmácia), o sistema atualiza automaticamente e o reajuste acontece simultaneamente, na distribuidora e na farmácia”, pontua.

Gás de cozinha

O preço do gás de cozinha de 13 kg vai ficar mais caro, a partir do dia 1° de abril, em Mato Grosso do Sul. Conforme o Sinergás (Sindicato das Empresas e Revendedoras de Gás do Centro-Oeste), o produto deve subir R$ 7,49. O aumento decorre da unificação da cobrança no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o produto.

Na tabela do Sinergás, o Estado tem o maior índice de aumento aplicado do que outros Estados. Em seguida, aparece a Bahia (R$ 7,12), Sergipe (R$5,94), Rio de Janeiro (R$ 5,43), Amapá (R$ 5,06) e São Paulo (R$ 3,56).

Para o presidente do Sinergás Centro-Oeste, Zenildo do Vale, o novo reajuste irá pesar mais no bolso do consumidor e afirma que quem está subindo o valor do gás é o governador, Eduardo Riedel. “O valor de R$ 7,49 é referente aos que os empresários irão comprar. Porém, o preço final, que deve chegar aos clientes, será bem maior”.

“Em MS, o valor do gás de cozinha está variando entre R$ 115 a R$ 125. Agora, com o aumento vai passar a custar, em média, R$ 125 a R$ 135. Além disso, tem lugares que são mais longes, como nas fronteiras – Bolívia e Paraguai, que o preço deve ser ainda maior”, explica o presidente.

Energia elétrica

Quanto à conta de luz, na próxima semana, terça-feira (4), será o momento em que os órgãos competentes realizam audiência pública para definir o índice do RTP (Revisão Tarifária Periódica) da Energisa.

O novo índice vigora a partir de 8 de abril. O índice provisório ficou estabelecido em 11,36%, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), para consumidores de baixa tensão, em que se enquadram clientes residenciais e comerciais e de 2,77%, para os de alta tensão, sendo os industriais.

Em análise, economista recomenda cortar gastos 

Doutor em economia, Enrique Duarte Romero comenta o cenário de uma semana que está longe de ser santa, para os consumidores.

“Como não podemos substituir nenhum deles por um outro similar, a saída que podemos ter é o uso racional, pelo menos na energia elétrica e no gás. Ou seja, tratar de não ter nenhum desperdício, mudar hábitos no consumo da energia elétrica. Só ligar os aparelhos que não podemos prescindir. Ar condicionado, ferro de passar roupa, chuveiro elétrico, em todos estes aparelhos podemos ter um controle maior, para minimizar o gasto”, recomenda o economista.

Já na questão do remédio, o profissional frisa a utilização dos chamados genéricos, mediante uma consulta prévia. Esta seria uma das alternativas, na tentativa de mitigar gastos.

Por Evelyn Thamaris – Jornal O Estado de MS.

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