MC mulher defende causa Indígena para o mundo

MC mulher defende causa Indígena para o mundo

MC mulher defende causa Indígena para o mundoMC mulher defende causa Indígena para o mundo. Ana Lucia Rossate é a MC Anaranda. Ana nome da urbanização. Randa nome da mata e início do nome indígena “Randa kunã poty rory” (mulher flor brilhante carismática). Aliás, ela é da aldeia Guapoy, que fica em Amambai-MS.

Da etnia Guarani-Kaiowá, Anaranda quer ganhar o universo com seu rap (rhythm and poetry). Sua voz é para denunciar a violência contra as mulheres e povos indígenas.Não é á toa que ela é a primeira mulher Guarani-kaiowá MC.

Este impulso intenso surgiu depois de presenciar um crime. Ela ainda era uma criança. Daí em diante não se calou. É a voz do empoderamento feminino e da luta para os jovens alcançarem seus sonhos. Além disso, sua batalha constante é contra o preconceito de sua origem. 

VOZ

Foi assim que iniciou com a música. “Minha carreira musical começou em 2014. Foi em um festival de música em Amambai. Fiquei em terceiro lugar e ganhei o prêmio representando a cultura hip hop, estilo rap. Depois nunca mais parei”, lembra Anaranda.

Esta não foi a primeira vez que Anaranda foi MC. Já na infância, ela brincava com as amigas de fazer show. “Eu cantava e elas eram a plateia”, revela.

E desta forma seguiu cantando até descobrir o rap e realmente virar MC. “É o meu porta-voz ideal. Com ele posso falar da realidade da minha aldeia”, explica. Entretanto, sua inspiração veio de Brasília. “Quando ouvi as meninas da Atitude Feminina, um grupo de mulheres que cantavam em defesa do feminino. Aí pensei porque não fazer o mesmo, mas pela minha comunidade”, refletiu.

Compondo

Com isso, uniu o que já pulsava nela. “Eu já vinha escrevendo poemas e poesias em Guarani. Sou bilingue, mas não nasci falando português. Portanto foi difícil rimar em português”, revela. 

Aliás, Anaranda só começou a falar português perto dos 15 anos. Já aos 19 enfrentava festivais e apresentações. Isso, até descobrir que em muitos lugares não aceitam indígenas.

Foi exatamente o que a parou. “Só voltei em 2019 para 2020 com o lançamento da minha música: Feminicídio. Minha amiga da faculdade ouviu a música em uma roda de amigos. Ela pediu para eu enviar um vídeo caseiro cantando a letra. Era para um evento na UFGD. Não aconteceu por causa da pandemia. Então, ela pediu permissão para postar nas redes sociais”, explica Anaranda. 

Bombou

Como esperado pela amiga, bombou. “Foi aí que chegou aos quatro cantos do mundo e meu trabalho de mc foi reconhecido. Ela postou meu vídeo caseiro da “Feminicídio” de manhã e à tarde já tinhan 18 mil visualizações. Fiquei muito feliz”, conta Anaranda. VEJA AQUI A VERSÃO DO YOUTUBE.

A MC ainda emenda que havia muita gente compartilhando a música, mas ficou assustada. “O que me assustou foi falarem que a música era muito forte e não podia ser publicada. isso me deixava em risco. Mas, eu insisti. Hoje as pessoas usam a música “Feminicídio” como uma forma de alerta

Estilo

Esta chamada de atenção para realidade foi o que levou também a escolha do estilo. “Canto rap porque é algo muito realista. Ele conecta as pessoas. O rap traz a reflexão da realidade, a vida e a forma de viver. Só por meio do rap a gente é ouvido de verdade”, pontua.  

Com esta enumeração, MC Anaranda mostra seu amor pelo estilo. “Com o rap falo das minhas dores, das dores das mulheres, das dores do meu povo e ser resistência”, reforça.

Então, dor, sofrimento, privação e depressão forjaram sua força e identidade artística. Isso em 24 anos, porém a experiência de vida mostra mais, mesmo com a aparência ser de menina.

A primeira

Todavia, a dificuldade parece maior. “Ser a primeira Guarani-Kaiowá MC não é fácil. Ainda mais em Mato Grosso do Sul. São poucas pessoas que me ajudam. 

Por isso, é muitas em uma. Anaranda é Rapper, locutora, cantora, compositora, professora de guarani e de diversidade cultural. Também é, acadêmica, Digital influencer e Atleta. 

Nesta pluralidade que a compõe, Anaranda é mãe biológica de um menino de quatro anos e mãe adotiva de duas sobrinhas adolescentes. Para um futuro melhor para sua descendência se movimentou ainda mais.

Assim, se mudou para uma cidade maior, mas ainda em Mato Grosso do Sul. Ela está em Dourados fazendo faculdade de Gestão Ambiental na UFGD ( Universidade Federal da Grande Dourados). 

Com isso a pergunta é: o que vai fazer para ajudar? E mais: o que acha deste título: MC mulher defende causa Indígena para o mundo?

Aliás, realmente o preconceito está no ar. Já viu a VILA OLÍMPICA INDÍGENA? E AS SUPOSTAS MILÍCIAS EM MS?

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