Março Lilás: alerta para a prevenção do câncer do colo de útero

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Foto: Reprodução

Dados mostram que somente na região Centro-Oeste serão cerca de 1.400 novos casos em 2023

Março Lilás é o mês de conscientização sobre a importância de se prevenir contra o câncer do colo do útero, a quarta maior causa de morte de mulheres pela doença no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Com números expressivos, se torna cada vez mais necessário desenvolver ações de alerta e prevenção deste tipo de doença.

Em 2023, está estimado que surjam mais de 17 mil casos de câncer de colo de útero no Brasil, o que representa uma média de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. No país, com exceção dos tumores não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro com maior incidência entre as mulheres, conforme dados do Inca. Regionalmente, o estudo aponta que no Centro-Oeste serão cerca de 1.440 novos casos.

De acordo com a professora do curso de Medicina da Uniderp, Danielle Scarpin, a principal causa do câncer de colo de útero é a infecção persistente do HPV (papilomavírus humano). Ela atinge os órgãos genitais e, na maioria das vezes, se manifesta de forma branda, mas pode se desenvolver para um quadro mais grave.

“A saúde íntima é um elemento importante para a vida das mulheres. Com o início da vida sexual, muitas meninas passam a fazer uso de medicamentos anticoncepcionais e os perigos das infecções sexualmente transmissíveis não ganham a atenção necessária. A vacinação contra o HPV é um dos meios de prevenção ainda na adolescência, para evitar que problemas surjam na vida adulta” alerta a médica.

A campanha “Março Lilás” tem o objetivo de conscientizar para esta doença, que se desenvolve de forma silenciosa e ressalta formas eficientes de prevenção, como a vacina contra o HPV. O medicamento está disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. O uso de preservativos é essencial, já que o contágio ocorre por meio da relação sexual.

O exame preventivo é o meio pelo qual as lesões são identificadas e tratadas, evitando que evoluam para um câncer. O Ministério da Saúde recomenda que a realização do exame colpocitológico aconteça a cada 3 anos (caso possuam 2 outros exames anteriores, anuais e sem alteração) para qualquer pessoa com colo do útero, que já tenha tido atividade sexual, na faixa etária de 25 a 64 anos.

Por Bruna Marques  – Jornal O Estado do MS.

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