Secretaria Municipal de Saúde alerta para período de alta incidência de casos em Campo Grande
Mato Grosso do Sul registrou mais uma vítima de picada de escorpião. Um menino de 9 anos, morador da cidade de Três Lagoas, foi picado pelo escorpião Tityus serrulatus, popularmente conhecido como escorpião-amarelo gigante que é o escorpião mais venenoso do mundo. O caso aconteceu no último domingo (15) e a criança segue internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Campo Grande.
O jornal O Estado conversou com o médico Sandro Benites, do Civitox (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica), da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que informou que o menino chegou a sofrer duas paradas cardíacas após a picada e, no fim da tarde de domingo, foi transferido para o Hospital Regional de Campo Grande já entubado, mas estava com os parâmetros ventilatórios bons. “Ele já foi transferido para a UTI pediátrica, o chefe da UTI me informou que o quadro dele é estável e está em processo de saída do tubo”, declarou.
Somente no mês de abril deste ano, já foram contabilizadas duas mortes por picada de escorpião em Mato Grosso do Sul, uma na cidade de Paranaíba, de uma menina de 3 anos que morreu após ser picada por um escorpião no quintal de casa. Ela chegou a ser atendida pela equipe, tomou oito doses de soro antiescorpiônico, mas não resistiu. O segundo óbito aconteceu também na região do Bolsão, na cidade de Cassilândia, mas nesse caso a criança já chegou ao atendimento sem vida.
Como já noticiado pelo jornal O Estado, cerca de 450 pessoas foram vítimas de picadas de escorpião só na Capital, em três meses segundo o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), que corresponde a quase metade dos casos registrados em todo 2021. Especialistas destacam que nem todos os acidentes são letais, mas que a rapidez na busca por atendimento médico é essencial.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) emitiu uma nota em que mostra algumas informações importantes sobre os cuidados necessários para evitar o encontro desagradável com esses animais peçonhentos e o risco de picadas neste período do ano.
Entre essas dicas estão: vedar frestas em paredes e muros, vedar soleiras de portas, vedar pias e ralos, abrindo apenas no momento do uso, não acumular lixo, afastar camas e sofás das paredes, inspecionar sapatos antes do uso, proteger-se com luvas e calçados fechados ao manusear materiais acumulados em quintais. A população também pode solicitar uma inspeção na residência, seja no balcão da recepção do CCZ, ou via telefone, pelo 2020–1796, durante o horário comercial.
Texto: Camila Farias — Jornal O Estado
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