Mais da metade dos sul-mato-grossenses vivem em união conjugal, e maioria opta por relação sem casamento formal

Imagem ilustrativa -Foto: Divulgação/Santuário Perpétuo Socorro
Imagem ilustrativa -Foto: Divulgação/Santuário Perpétuo Socorro

Censo 2022 mostra que 53% da população de MS vive em casal, com predominância de uniões consensuais

O Censo Demográfico 2022 revelou que 53% da população de Mato Grosso do Sul com 10 anos ou mais vive em união conjugal, o equivalente a cerca de 1,2 milhão de pessoas. A maioria opta por uniões consensuais — quando o casal vive junto sem registro civil ou cerimônia religiosa — que representam 41,2% das relações no Estado.

Os casamentos civis e religiosos somam 33% das uniões, enquanto os realizados apenas no civil cresceram de 18,8% em 2010 para 23,4% em 2022. Já as uniões apenas religiosas caíram de 2,8% para 2,3% no mesmo período.

O levantamento também indica que Mato Grosso do Sul tem o 6º maior percentual de pessoas que viveram dissoluções de união conjugal no país (19,1%) e o 7º maior índice de pessoas vivendo em casal. Entre os municípios, Paraíso das Águas lidera com 63,9% da população em união, seguido por Jateí (61,2%) e Inocência (60,9%).

As uniões consensuais são mais comuns entre pessoas de menor renda: entre os que vivem com até um salário mínimo per capita, 56,3% estão nesse tipo de relação. O casamento civil e religioso, por outro lado, é mais frequente entre quem ganha de meio a dois salários mínimos.

Segundo a analista do IBGE Luciene Longo, o recorte por gênero também ajuda a explicar parte do cenário. “Isso reflete a maior expectativa de vida das mulheres. Com uma maior longevidade feminina, aumenta a proporção de mulheres nunca unidas e aquelas que passam a viver sem os seus cônjuges ou companheiros, seja por separação ou viuvez, fazendo com que a proporção de homens que vivem em união seja maior a partir dos 60 anos de idade”, afirmou.

A publicação do IBGE destaca ainda que o tipo de união é influenciado por fatores culturais e religiosos. Evangélicos registram as maiores taxas de casamento civil e religioso (35,2%), enquanto uniões consensuais predominam entre pessoas sem religião (65,1%), praticantes de umbanda e candomblé (61,5%) e povos de tradições indígenas (94,9%).

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