Nesta segunda-feira (9), o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, e um dos seus irmãos, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, foram denunciados pela Operação Lava-Jato por crime de corrupção passiva. Na acusação imputada aos dois, coloca-se a suspeita de repasses de até R$ 1,1 milhão a ambos, somando-se a partir de “mesadinhas”, que foram de R$ 3 mil a R$ 5 mil – em longo período apurado pelos procuradores de justiça.
A denúncia afirma que o irmão, conhecido como Frei Chico, recebeu mesada da Odebrecht de 2003 a 2015 dentro de um pacote de vantagens indevidas oferecidas ao irmão petista que governou o Brasil. Também são denunciados Alexandrino Alencar, delator e ex-executivo considerado elo da Odebrecht com Lula, Emílio Odebrecht, patriarca do grupo, e Marcelo Odebrecht, ex-presidente do conglomerado empresarial.
Lula está preso desde abril em 2018 em Curitiba, cumprindo pena por condenação por corrupção e lavagem no caso do tríplex de Guarujá (SP), que já foi julgado em três instâncias. Ele também foi condenado por corrupção e lavagem em primeiro grau no processo do sítio de Atibaia (SP), que está sob recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
A nova denúncia afirma que valores foram entregues em espécie para Frei Chico em encontros marcados em São Paulo.
O relacionamento começou, dizem os procuradores, quando o irmão de Lula foi procurado pelo grupo, nos anos 1990, como interlocutor com movimentos sindicais. (Texto: Danilo Galvão, com informações da Folhapress)