Litro da gasolina sobe até R$ 0,33 e Procon faz alerta aos postos

GASOLINA -E ETANOL
Valentin Manieri

Na Capital, diferença entre preços do combustível chega a 8,3%; diesel, 10%

No primeiro dia com o novo reajuste para os preços dos combustíveis, valendo em todo o país, os consumidores de Campo Grande já se depararam com aumento de até 5,4% no litro da gasolina e 6,2% no valor do diesel. A alta determinada pela Petrobrás entrou em vigor ontem (26). Diante da rapidez dos postos em reajustar produtos a Procon-MS já notificou o Sinpetro para orientar os empresários a não elevar preços de produtos em estoque (veja matéria abaixo).

Em pesquisa realizada pelo jornal O Estado nos postos de combustíveis da Capital, foram constatados preços máximos de até R$ 6,69 para o litro da gasolina e R$ 5,39 para o do diesel. Considerando as opções de gasolina disponíveis, a diferença entre o menor e o maior preço registrado na cidade chega a 8,3%. Já para o diesel, essa discrepância atinge um percentual ainda maior, de 10%.

Conforme apurado pela reportagem, o litro da gasolina comum no posto Ipiranga, da Av. Costa e Silva, custava R$ 6,06, há duas semanas. Agora, essa cifra subiu R$ 0,33 e já está valendo R$ 6,39. Os números encontrados nesse estabelecimento correspondem a uma elevação de 5,4% no período.

Já para quem usa a forma de pagamento no crédito, o custo é mais salgado. O maior preço da gasolina, registrado nesta semana para esse meio de pagamento, foi de R$ 6,69, no posto Ipiranga da Av. Gury Marques. Antes, no mesmo local, o litro do combustível era de R$ 6,43, e subiu 4% em duas semanas.

No levantamento realizado, nenhuma rede de abastecimento marcou uma variação de preço menor que 2% em um intervalo de 13 dias. A média de alta dos valores da gasolina, por exemplo, foi de 3,7%. O impacto foi tal que o mecânico automotivo Alessandro Aparecido teve de trocar seu carro para continuar a se locomover pela cidade.

“Está tão difícil para a gente, que até de carro eu tive de trocar. Tinha um Onix 1.6 e, agora, comprei um carro mais antigo, que é carburado. É isento de documentação anual e cheguei a modificar o motor para ter mais economia. Mas mesmo com essas medidas, eu também tive que reduzir o consumo na hora de abastecer o veículo”, contou Aparecido. Outra condutora que não teve escolha senão diminuir as idas ao posto de combustível é Cleonice Siqueira. Ela revela que quase não usa mais o automóvel que tem em casa. “Eu não estou quase conseguindo andar de carro. Só estou usando para necessidades mesmo, como a de agora que preciso levar meu sobrinho para os lugares. Ele se acidentou e não pode voltar a andar de moto”, afirmou Siqueira.

Diesel

Motivo de forte desapontamento entre os caminhoneiros, o aumento relacionado ao diesel, na Capital, foi mais acentuado. A majoração chegou a 7,5%, desde o dia 13 de outubro até o momento. Antes, no posto Kátia Locatelli, da Av. Salgado Filho, o diesel comum custava R$ 4,91. Agora, o litro do derivado de petróleo foi para R$ 5,18, uma alta de 5,5%.

Caso o motorista decida adquirir o diesel S-10, o valor é ainda mais caro. No mesmo estabelecimento, esse tipo de óleo, que valia R$ 4,91 há duas semanas, desta vez passou a custar R$ 5,28, um aumento de R$ 0,37, o maior aferido entre nos postos. (Felipe Ribeiro)

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