Liberação para todos os públicos provoca filas em busca de vacinas

Influenza
Foto: Nilson Figueiredo

Por Kamila Alcântara – Jornal O Estado

A aplicação de vacinas da gripe para toda a população de Campo Grande começou ontem (27), após a liberação do Ministério da Saúde. Até a última semana, a Capital ainda possuía 90 mil doses das vacinas destinadas ao público-alvo, mas a baixa procura causou o prolongamento da campanha e a abertura para todos que desejam receber o imunizante, a partir dos 6 meses. 

Na UBS (Unidade Básica de Saúde) 26 de Agosto a procura causou filas, sendo organizadas por distribuição de senhas. A estudante Ana Paula, 17 anos, que estava fora do público- -alvo na semana passada, diz que considera importante aproveitar a oportunidade e ser imunizada.

“Eu acho importante porque a gente tem de manter o calendário vacinal para se proteger e proteger outras pessoas também. Hoje vim tomar a da gripe e mais uma dose da vacina contra COVID”, acredita Ana Paula. 

A comerciante Zuleide da Silva Viegas, de 57 anos, aproveitou a disponibilidade para todas as idades para levar os filhos e netos. “Eu tomo todos os anos e acredito que isso me ajuda a não ter gripe. Sempre que abrem assim [todos os públicos] eu trago meus filhos e netos. Compensa esperar na fila”, defende Zuleide. 

Já na UBS Tiradentes a fila estava mais demorada mas o aposentado José Roberto Viana fez questão de esperar pelo atendimento. 

“Está na época de frio, então temos de tomar para não pegar uma gripe forte. Tomo todos os anos e considero muito eficaz”, defende Roberto. 

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, a parcial de sexta-feira (24) mostrou que haviam sido imunizados apenas 34% de todo o público-alvo, que conta com mais de 295 mil pessoas em Campo Grande. A orientação do Ministério da Saúde é de que 90% de cada um dos públicos receba a vacina. 

“Somente neste ano tivemos 37 óbitos por Influenza, e uma cobertura dessa é extremamente preocupante, porque a vacina protege justamente contra os vírus que estão circulando e quanto menos pessoas protegidas, maiores os riscos de desenvolverem formas graves da doença”, lamenta o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. 

Ele ainda lembra que a vacina protege contra três vírus da gripe: o H1N1, influenza B e H3N2, sendo este último responsável pelo surto atípico que o município viveu no início do ano. 

Necessidade de novas medidas 

Para a presidente do Cosems-MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde), Maria Angélica Benetasso, o interessante seria que todos os municípios adotassem estratégias visando facilitar o acesso. “Com a abertura, vamos dar continuidade a vacinação, porém cada município irá adotar medidas de acordo com o estoque existente, até quando houver imunizante”, finaliza.

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