A partir deste domingo (13), está proibida a venda de bebidas alcoólicas em Campo Grande e 43 cidades de Mato Grosso do Sul, de acordo com o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, esta é uma das medidas para o lockdown que começa nesta data em Campo Grande. Os 44 municípios estão na bandeira cinza, grau extremo para o contágio da COVID. Com isso, os supermercados precisam isolar a área de bebidas alcoólicas para cumprir a nova norma que vai durar 14 dias. Igrejas, templos, lotéricas, ônibus e academias seguem funcionando. Ao todo são 51 atividades essenciais. Shoppings, salões de beleza, lojas de roupas, buffets, bares e restaurantes precisam fechar neste período.
O lockdown já era para estar em vigor nesta sexta-feira (11), e já havia gerado correria e aglomeração nos supermercados para estocar bebidas, utensílios de higiene e alimentos, mas o secretário disse que permitiu estes dias a mais para adequação – mesmo entendendo ser mais tempo para atuação do vírus- atendendo o pedido do presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Valdir Junior e a outros prefeitos.
A declaração foi feita durante o último Boletim Epidemiológico do Governo do Estado. Nele há os motivos para a decisão. São duas mortes por hora em Mato Grosso do Sul, o que equivale a 50 mortes por dia. Os números, conforme Resende, deixam MS com o Estado de maior quantidade de vítimas da pandemia do país.
dados
Resende ainda destacou as 257 pessoas na fila por leitos clínicos ou UTI. São: 171 em Campo Grande, em Dourados 47 e 39 indicadas pelo Centro de Regulação do Estado (Core). Nas últimas 24 horas foram 46 mortos e 2.252 novos casos. São 1.252 internados, destes 709 em leitos clínicos e 543 em UTI.
O decreto é o 15.644, que veda a circulação de pessoas e de veículos nos horários das 20 às 5 horas, nos municípios classificados com a bandeira na cor cinza (caso de Campo Grande) e das 21 às 5 horas, nos municípios classificados com a bandeira na cor vermelha (que é o barco que a maioria também está).
Lojas de departamento e conveniências não podem abrir também. O decreto detalha que podem funcionar apenas empresas que vendam alimentos em geral, que representem mais de 60% de seus itens de venda, e no mínimo sete destes produtos: carnes, leite, feijão, arroz, farinhas, legumes, pães, café e chá, frutas, açúcar, óleo, banha ou manteiga. Porém, a venda por delivery dos não-essenciais está liberada e estes – com as portas fechadas – podem receber funcionários.
Estão na bandeira cinza: Água Clara, Alcinópolis, Amambai, Anastácio, Antônio João, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Batayporã, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Brasilândia, Caarapó, Camapuã, Campo Grande, Chapadão do Sul, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Deodápolis, Dourados, Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Japorã, Jardim, Juti, Maracaju, Miranda, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste, Selvíria, Sete Quedas, Sidrolândia, Terenos e Três Lagoas.