O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, foi lançado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab,como pré-candidato ao governo do Estado na disputa eleitoral que ocorrerá em 2022. O ato ocorreu ontem (23) durante o encontro estadual do partido no Rio de Janeiro. Ele não participou do encontro, mas estava representado pelos integrantes de sua Secretaria de Governo, além do seu irmão, o senador Nelsinho Trad. Se o chefe do Executivo assumir encabeçar a chapa majoritária da sigla, terá que renunciar do seu segundo mandato seis meses do pleito, cumprindo pouco mais de um ano de sua reeleição.
O nome de Marquinhos há muito vem sendo ventilado como possível candidato do PSD à sucessão estadual. O do seu irmão, Nelsinho Trad também está no alvo das especulações. Ambos têm reiterado por diversas vezes que a legenda terá candidato ao governo, mas também não assumem que um deles poderá ser escolhido para o embate. O partido está estruturado em diversos município e integrado por prefeitos, vices e vereadores. Um dos nomes de peso da agremiação é o do deputado estadual Londres Machado, expressiva liderança do Estado.
Renúncia
Marquinhos Trad está em uma encruzilhada política: se aceita disputar o governo, corre o risco de trocar o certo – praticamente três anos com a prefeitura de uma Capital nas mãos – por uma disputa com resultado imprevisível, principalmente diante de adversários como André Puccinelli, Eduardo Riedel, ministra Tereza Cristina, Rose Modesto, Zeca do PT, nomes esses que também vêm sendo lembrados como prováveis candidatos à sucessão estadual, o que não significa que o xeque-mate foi dado pois ainda muita articulação pela frente.
Caso decida recuar, frustrando o PSD, Marquinhos completará seu mandato sem necessidade de entregar o comando da Prefeitura de Campo Grande à sua vice, Adriane Lopes, do Patriota, esposa do deputado estadual Lídio Lopes. Nos meios políticos, diante dessas especulações, fala-se que se recursar partir para embate estará, na realidade, deixando passar o ‘’cavalo encilhado (oportunidade). Nunca se deve esquecer, porém, que em política é fundamental ‘’combinar antes com o eleitor.