O Irã quer ficar responsável por acessar a caixa-preta do avião ucraniano que caiu logo após decolar de Teerã, matando todas as 176 pessoas a bordo. A decisão aconteceu logo após o Canadá e autoridades dos Estados Unidos dizerem que a aeronave foi abatida por um míssil iraniano.
A República Islâmica, que nega que o Boeing 737-800 tenha sido derrubado por um míssil, disse que pode levar um mês ou dois para extrair informações dos gravadores de voz e dados de voo. O Irã também disse que pode pedir ajuda a Rússia, Canadá, França ou Ucrânia se precisar, e que o inquérito pode exigir um ou dois anos.
Segundo a mídia iraniana, representantes do EUA, Canadá e França vão viajar a Teerã para participar de reuniões para a investigação sobre o acidente liderada pelo Irã.
“Assim que chegarem, participarão das reuniões para investigar os motivos do acidente”, informou a agência Irna.
A Ucrânia disse que não pode descartar um ataque de míssil, mas tampouco o confirmou. O voo da Ukraine International Airlines de Teerã á Kiev caiu na quarta-feira, quando o Irã estava em alerta para uma reação dos Estados Unidos horas depois de lançar mísseis contra alvos norte-americanos no Iraque.
O incidente aumenta a pressão internacional sobre o Irã depois de meses de tensão com os EUA e ataques militares retaliatórios. Os EUA mataram um general iraniano na semana passada com um ataque de drone no Iraque, provocando os lançamentos de míssil de Teerã.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do Reuters)