Viana reforça, ainda, que, apesar do avistamento das onças-pintadas ter ocorrido na região próxima a Corumbá e Ladário, não significa que os animais fiquem só ali. “Um animal macho pode circular por uma área que chega a 120 km², enquanto a fêmea chega a ocupar um espaço de 80 km². Então, é, em alguns momentos, do dia ou da semana, que ocupam esta área”, afirma.
O alerta é que quem avistar os animais mantenha a distância de, pelo menos, 10 metros. Além disso, o médico-veterinário explica que as pessoas não devem ir até o local alimentar os animais. A prática é considerada criminosa. “Com o monitoramento, vamos gerar informações para segurança dos animais e também dos moradores da região. Dá para coexistirmos com a vida silvestre e, especialmente, as onças-pintadas. Com isso, todos ganham: a cidade, o Pantanal e as onças-pintadas”, pontua o médico-veterinário.
O IHP está a disposição da população para tirar dúvidas sobre as onças e os avistamentos recentes. A orientação é que, ao avistar uma onça, além de manter distância, comunique o instituto, por meio dos telefones (67) 99934-9787 e (67) 99987-0467.
Sobre o IHP
Fundado em 2002, o Instituto Homem Pantaneiro é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na gestão de áreas, conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local. Sua missão é “Preservar o Pantanal”. Tem sede em Corumbá – Mato Grosso do Sul.
Como programa principal da Instituição, está a gestão do Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede do Amolar), criado em 2008 e que tem como finalidade propor ações de gestão integrada entre as organizações parceiras para proteção de 276.000 hectares, sendo que 201.000 hectares legalmente protegidos. A iniciativa surgiu a partir da parceria entre IHP, Instituto Acaia Pantanal, Fazenda Santa Tereza, Fundação Ecotrópica e Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense/Instituto Chico Medes (ICMBio) e Polícia Militar Ambiental.