Inflação segura consumo das famílias de Campo Grande

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Foto: Valentin Manieri

Índice continua na ‘zona negativa’ abaixo dos 100 pontos

Por Taynara Menezes – Jornal O Estado

Com a inflação em alta, a intenção de consumo das famílias segue em passos lentos. Isso porque continua abaixo dos 100 pontos, considerada “zona negativa. Em junho, o aumento ainda foi tímido, saindo de 94,3 pontos para 94,6 pontos. Os dados são da pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

A economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS, Regiane Dedé de Oliveira, acredita que as pessoas estão inseguras na hora de ir às compras.

“As pessoas sentem a inflação de forma muito intensa, por isso estão receosas para ir às compras. Medidas que amorteçam esses custos, como redução de impostos sobre combustíveis e energia elétrica, são essenciais e veremos como deve repercutir no orçamento do consumidor nos próximos meses”, argumenta.

Em relação à situação do emprego atual, 55,6% dos entrevistados estão mais seguros; e 14,5% menos seguros.

A perspectiva profissional para os próximos seis meses é positiva para 59% das famílias; e negativa para 31%. Para 28,5% a renda atual está melhor que no mesmo período do ano passado; 14,9% acreditam estar pior; e 56,2%, igual a do ano passado.

Consumo

Embora a perspectiva profissional de um modo geral tenha melhorado, de acordo com a pesquisa os consumidores ainda demonstram cautela para compras a prazo e, comparado a maio, houve redução no nível atual de consumo. Em contrapartida, melhorou o indicador de compras para bens duráveis, como carros e eletrodomésticos, por exemplo.

Ainda de acordo com a pesquisa, 47,9% dizem estar comprando menos; 17% mais; e 34,9% dizem estar comprando na mesma proporção do ano passado. Em relação ao crédito, para 24,9% está mais difícil conseguir crédito; 15,9% mais fácil; 57% acreditam que conseguir crédito continua do mesmo jeito de 2021.

Pensando em bens duráveis, como, por exemplo, eletrodomésticos, TV, som, 70,1% acreditam ser um mau momento para a aquisição desses produtos; e 23,4% acreditam ser um bom momento. Para os próximos seis meses, 45,8% dos entrevistados disseram que vão consumir menos que o ano passado; e 11,8%, consumir mais.

Brasil

Em contrapartida, no Brasil, a alta da intenção de consumo foi maior. Na passagem de maio para junho, cresceu 2,9%, atingindo 80,2 pontos em uma escala de 0 a 200.

Conforme o levantamento, esta é a sexta alta consecutiva do indicador, que atingiu o maior patamar desde maio de 2020 (81,7 pontos).

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