A hidrovia Tietê-Paraná retomou suas atividades de navegação a partir de hoje (15). Importante via para escoamento do agronegócio de Mato Grosso do Sul e outros seis estados, a atividade estava suspensa desde o dia 26 de agosto de 2021 devido a crise hídrica que assolou o Brasil. Com volumes de rios e reservatórios mais altosdo que antes, agora já é possível o tráfego de embarcações.
A princípio, a navegação será feita apenas com navios com calado (profundidade submersa do navio na água) de até 2,40 metros. A previsão, entretanto, é que a partir do dia 30 deste mês navios com costado de 2,70 m já poderão trafegar o rio Tietê em sua totalidade.
O milho, a soja, o óleo, a madeira, o carvão, a cana de açúcar e até o adubo nacional passam pela hidrovia. Em 2020, embarcações carregaram mais de 2,1 milhões toneladas. No ano anterior, foram mais de 2,5 milhões toneladas em produtos do agro. A expectativa de agora é que em 2022 mais de 3 milhões de toneladas sejam transportadas pelas águas do Tietê-Paraná.
Com extensão de mais de 2.400 quilômetros, a hidrovia integra um grande e complexo sistema de transporte multimodal que serve de alternativa ao corredor rodoviário de exportação. Os seis maiores produtores de grãos do país – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Paraná – participam ao longo da rota.
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Hidrovia é importante rota do escoamento do agronegócio no país, principalmente para MS. Foto: Arquivo/ANTT
Trechos
Mato Grosso do Sul participa de três dos quatro trechos que formam a hidrovia. O principal (III) para o Estado, tem 270 quilômetros de extensão e possui a hidrelétrica de Porto Primavera (Eng. Sérgio Motta), na divisa de Rosana (SP) e Batayporã (MS).
Ainda, o rio Paraná recebe as águas do Pardo (trecho III-A) com 33 km em Mato Grosso do Sul.
Já o IV possui 225 km, com percurso de 55 km no Paraná, 170 km no Paranaíba e 80 km no rio Grande (trecho IV-A). As divisas de SP e MG com MS fazem parte do trajeto.