IFMS adere a greve nacional nesta segunda-feira e UFMS discute possível paralisação na terça

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Foto: Reprodução/IFMS

O IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) entra em greve a partir desta segunda-feira (23) pelo reajuste salarial de 19,99%. A mobilização faz parte de um acordo nacional das instituições federais, porém, cabe a cada uma decidir sobre a adesão ou não as paralisações.

O Sinasefe-MS (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica – seção MS) afirma que com 151 votos favoráveis, 45 votos contrários e 38 abstenções o Estado de greve já havia sido aprovado no dia 17 de maio.

“A greve se inicia nessa segunda-feira (23). Seguimos um calendário de lutas da Educação Federal. Não posso falar o que vai ou não parar, porque todos têm direito a aderir ou não o movimento de greve. O campus Corumbá não vai funcionar, teve uma ótima adesão e os outros campus estão avançando a adesão do movimento grevista, tantos os professores quantos os técnicos administrativos”, afirmou o presidente do sindicato Tiago Tomás de Assis.

Conforme a técnica administrativa e Diretora Financeira do Sinasefe-MS, Shirley Araujo, outras pautas tambémentrarão nas reivindicações do IFMS no Estado. “Nossa luta também envolve a situação do funcionalismo como um todo, que está sendo sucateado. As instituições de ensino da rede federal têm perdido verbas e recursos continuadamente, dificultando a manutenção de ensino de qualidade. Nossa luta inclui até mesmo o fornecimento de merenda para nossos estudantes, que no momento não está implantado no âmbito do IFMS. Os técnicos administrativos da rede federal tiveram perdas na casa de mais de 50% em seus vencimentos nos últimos anos”, elencou.

Ainda conforme o presidente do sindicato, o IFMS tem sobrevivendo com recursos que dão apenas para quitar as contas básicas mensais. “O Governo Federal queria conceder o reajuste apenas aos de sua base de apoio, que é o caso de policiais federais, rodoviários federais, se esquecendo das demais entidades. A Rede de Ensino Federal perdeu muitos recursos e hoje não temos recurso e nem edital de alimentação escolar. Nós temos poucos recursos para manutenção própria do funcionamento da instituição, como energia elétrica, água etc”, ponderou.

UFMS e Colégio Militar

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o Colégio Militar de Mato Grosso do Sul também discutem se vão ou não aderir à greve nacional. O jornal O Estado tentou contato com o Colégio Militar, porém até o fechamento dessa matéria não obtivemos nenhum retorno.

Já a Adufms (Associação dos Docentes da UFMS) informou que a greve foi amplamente discutida na esfera nacional e que o posicionamento local vai depender do resultado obtido na assembleia marcada para terça-feira (23). “Realizamosuma reunião com o Sindicato dos Professores Nacional e depois no Fórum dos Servidores Públicos Federais em Brasília. Baseado nessa decisão que vamos voltar para nossa assembleia que vai acontecer na terça-feira (23) à tarde, e se obtivermos maioria haverá a possibilidade de marcarmos uma data para começar a greve. Mas, por enquanto a gente não tem data definida. Aprovamos o estado de greve, a depender desse resultado nacional a gente deflagra a greve em data futura”, conta o presidente da Adufms, Marco Aurélio Stefanes.

 

Texto: Suelen Morales – Jornal O estado MS

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