O principal índice da bolsa brasileira fechou em forte queda nesta quarta-feira (18), acionando o sexto circuit breaker em menos de duas semanas. Em contrapartida, o dólar encerrou a sessão em alta significativa, acima de R$ 5.
O Ibovespa caiu 10,35%, o que representa 66.894,95 pontos, menor patamar desde 3 de agosto de 2017. O volume financeiro somou R$ 36,27 bilhões, em sessão também marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Com o desempenho desta quarta-feira, o Ibovespa acumula queda de 25,4% nas últimas 52 semanas de negócios. Desde janeiro, a queda é de 42%.
Apenas os papéis de BB Seguridade e Carrefour Brasil fecharam em alta, avançando 0,67% e 1,97%, respectivamente.
A B3 acionou o mecanismo de interrupção das negociações pouco antes 13:20, depois que o Ibovespa acelerou a queda para mais de 10%. Por pouco, o circuit breaker não precisou ser acionado novamente, uma vez que, na mínima da sessão, o Ibovespa chegou a cair 14,84%, a 63.546,74 pontos.
DÓLAR
O fortalecimento do dólar é global. A busca desenfreada por liquidez catapultava a moeda a máximas em três anos contra uma cesta de divisas e nocauteava divisas de países exportadores de commodities, conforme a paralisia econômica minava a perspectiva para a demanda por matérias primas. À parte desse grupo, a libra esterlina desceu a mínimas não vistas desde meados de 1980.
No fechamento das operações no mercado à vista, às 17h, o dólar saltou 3,94%, a 5,1993 reais na venda. É uma nova máxima recorde nominal para um encerramento. Durante os negócios, a cotação cravou 5,2510 reais na venda (+4,97%).
Em março, a moeda avança 16,03%. Em 2020, dispara 29,56%.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações do Reuters)