Para conferir o verdadeiro efeito imediato da greve geral, deflagrada nos Correios (a partir da noite desta terça-feira, 10 de setembro), o Estado Online foi a algumas agências de Campo Grande, para conferir o movimento, o serviço e apurar o efeito dessa informação.
Segundo a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) o movimento é nacional, mas de região para região, o impacto varia, como foi conferido pela reportagem na Capital.
Na agência dos Correios localizada entre a Rui Barbosa e próxima a rua Dom Aquino, o funcionário Adriano Lessa comenta que os serviços na agência continuam operando normalmente, segundo ele não ocorre adesão à greve geral, pois a agência é franqueada.
Outras duas agências também franqueadas relataram a continuidade dos trabalhos, segundo uma funcionária que não quis se identificar o Correio Central informou à agência que somente 10% da empresa está em greve e as postagens de mercadorias no Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) prosseguem. A funcionária também comenta que apenas os serviços de Sedex 10 ou 12 podem apresentar problemas em relação ao prazo de entrega.
Reação dos clientes
O funcionário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Wilson Lima utiliza diariamente o serviço de Correios devido ao contrato de trabalho que garante a manutenção de malotes do instituto. Em relação a greve, Lima comenta que essa é a mais séria pela questão da privatização. “Ao invés de investir nos Correios por quê eles tiram o dinheiro?”, questiona o funcionário ao ser perguntado se era a favor da privatização dos serviços.
Com reclamações sobre a qualidade do serviço no âmbito de entregas, Ester Heloise comenta que a privatização poderia vir a ajudar. “Seria bom pela questão da concorrência, eles (Correios) poderiam ver onde estão falhando e melhorar”, afirma.
A direção dos Correios afirmou, em nota, que a greve aprovada pelos trabalhadores da empresa na noite desta terça-feira (10) ainda não afetou os serviços postais, financeiros e de conveniência prestados nos mais de 12 mil pontos de atendimento espalhados pelo país. (Jéssica Vitória com informações da Agência Brasil)