Gaeco prende mais dois na terceira fase da operação Successione

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Foto: reprodução

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nesta quarta-feira (3), a 3ª fase da Operação Successione, desencadeando a prisão preventiva de dois indivíduos e a execução de um mandado de busca e apreensão na Capital.

Os nomes dos detidos não foram revelados, mas fontes indicam que o deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), é apontado pelo GAECO como o líder do jogo do bicho na região. A denúncia apresentada na Operação Successione destaca o parlamentar como líder de uma organização criminosa envolvida em crimes como roubo majorado, exploração de jogos de azar, corrupção, entre outros.

Havia um pedido de prisão temporária para o deputado na deflagração da operação, mas foi negado em razão do foro privilegiado. “Não obstante a presença de fortes indícios de que o investigado Roberto Razuk Filho seja, de fato, líder da organização criminosa, e, embora o próprio crime de organização criminosa (autônomo), bem como os crimes cometidos pela organização criminosa (roubos praticados com o uso de arma de fogo), sejam inafiançáveis, o pedido da decretação da sua prisão temporária é juridicamente inviável diante da imunidade formal que socorre o investigado parlamentar, razão pela qual não resta alternativa senão o indeferimento do pedido em relação a ele.” relata o juiz de direito Robson Celeste Candeloro.

O major Gilberto Luiz, apontado como gerente do grupo, tinha a responsabilidade de proteger Neno Razuk e garantir que suas atividades criminosas não comprometessem o líder. O avanço das investigações, baseado em material apreendido nas fases anteriores da Operação Successione, revelou o envolvimento de diversas outras pessoas na organização criminosa.

A Operação

O GAECO afirmou que a organização age de maneira violenta para consolidar seu domínio, mesmo após uma ação policial ocorrida em outubro de 2023. Diante das investidas policiais, o grupo continuou a adquirir máquinas para operar o jogo do bicho em Campo Grande.

A nota oficial do Ministério Público destaca que a organização é composta também por policiais militares da reserva e por um ex-policial militar excluído da corporação. Esses membros utilizavam sua condição, especialmente o porte de arma de fogo, para subjugar a exploração ilegal do jogo às ordens da organização criminosa, transformando Campo Grande em seu novo território.

Em suma, ao final desta fase da investigação, o GAECO concluiu que 15 pessoas, todas denunciadas no dia 19 de dezembro, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.

O nome da operação faz alusão à atual disputa pelo controle do “jogo do bicho”, em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a “Operação Omertà”.

As autoridades continuarão a conduzir as investigações para esclarecer completamente a extensão das atividades ilícitas dessa organização criminosa e responsabilizar todos os envolvidos perante a justiça.

Com informações do Ministério Público de MS.

 

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