Pesquisa da cesta básica aponta que somando os valores mais em conta para os dois alimentos, o consumidor paga pelos produtos R$ 12,98
Umas das duplas de temperos mais usadas no preparo das refeições, a cebola e o tomate, não custam menos que 10 reais para os consumidores em Campo Grande. Foi o que revelou a pesquisa de preço da cesta básica desta semana, realizada pelo jornal O Estado, em seis das maiores redes de supermercados da Capital.
Os valores encontrados pela reportagem, para o quilo da cebola variam de R$ 5,99 (Fort) podendo ser cobrado por R$ 10,49 (Nunes), a diferença de preço entre os estabelecimentos é de 75,13%. Já o quilo do tomate custa entre R$ 6,99 (Fort) e R$ 8,99 (Comper e Nunes), a variação fica em torno de 28,61%. Somando os valores mais em conta para os dois alimentos, o consumidor paga pelos produtos R$ 12,98.
Compondo a lista de itens de alimentos, o pacote de arroz de 5 kg custa em média R$ 27,16 para o bolso dos campo-grandenses. Nesta semana a diferença de preço do produto foi de 19,77% entres os pontos de venda, onde o alimento é vendido entre R$ 25,29 e R$ 30,29. Outra diferença gritante, em relação ao preço repassado para os clientes, é do pacote de feijão de 1 kg. O preço mínimo encontrado custa R$ 6,79 enquanto o valor máximo chega a custa R$ 9,49.
Outro item destacado, é o macarrão com ovos (Dallas) o custo médio para o produto é de R$ 4,17, considerando a soma dos seis mercados. O produto pode ser encontrado custando R$ 3,69 à R$ 4,99.
O produto em evidência nesta semana, devido ao início da Quaresma, a cartela com ovos médios contendo 12 unidades é comercializada na faixa dos R$ 8,63 na capital. O alimento custa entre R$ 6,99 (Atacadão) e por R$ 9,98 (Nunes).
Enquanto o quilo do frango sai por R$ 10,90, em média. A variação calculada para a proteína é de 55,62%, resultado da soma do menor (R$ 6,99) e maior (R$ 9,98) valor encontrado pela reportagem.
Na lista de itens de higiene pessoal, o papel higiênico Neve com 12 rolos custa em torno dos R$ 24,15. O produto pode ser encontrado custando entre R$ 24,90 a R$ 34,35, variação calculada é de 37,95%.
Consumidor, tem notado que as frutas e legumes estão caros?
Aqueles que não passam um só dia sem ir às compras nos supermercados da capital, já observaram que os valores das frutas e legumes têm impedido a presença dos itens no carrinho de compra.
Especialistas apontam como motivos desse aumento de preço, o calor intenso e a escassez de chuvas. Como resultado, os preços do abacaxi saltaram de R$ 5 para R$ 9, enquanto o valor da alface teve um aumento de 100%, segundo pesquisa da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas).
Esses aumentos preocupam não só o consumidor, mas atinge outros setores do comércio, conforme comentou o presidente da CDL-CG, Adelaido Vila. “Sabemos que esse aumento impacta muito o pequeno negócio e o consumidor, pois o aumento reduz as compras e o microempreendedor tem que aumentar o valor para poder compensar e para não haver prejuízo”, reforçou.
Marcelo Vicente, que tem um hortifrúti há mais de 29 anos na região do São Conrado, diz que as vendas diminuíram muito. “Esses aumentos nos prejudicam muito nas nossas vendas, pois com o aumento no preço no Ceasa automaticamente temos que aumentar os valores para os clientes e as vendas caíram muito, levando nós ao prejuízo”, diz o empreendedor preocupado.
Além do aumento nos preços, os vendedores estão enfrentando escassez de estoque devido às condições climáticas adversas que estão impactando a produção. Os produtos mais afetados pelo aumento de preço atualmente incluem abacaxi, maracujá e manga tommy. Por exemplo, a caixa com 12 unidades de abacaxis, que costumava ser vendida por entre R$ 70 e R$ 80 até dezembro, agora está sendo comercializada por R$ 110. No caso da manga tommy, o preço da caixa com 23 kg subiu de R$ 80 para R$ 130.
Por Suzi Jarde.
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