Departamento mira uma movimentação de pelo menos 150 milhões para o período
Com mais de 61% da população totalmente vacinada com a 2ª dose ou com dose única da vacina contra a COVID-19, e consequentes flexibilizações das normas de biossegurança, o setor comercial de Campo Grande tem grandes expectativas para a data sazonal do dia 25 de dezembro, quando se comemora o Natal. Segundo o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Adelaido Vila, o departamento mira uma movimentação de, pelo menos, R$ 150 milhões para o período.
“Estamos muito confiantes e a nossa expectativa é bem positiva para as vendas durante as festas de Natal e Ano Novo. Ainda temos algumas preocupações coma as contratações, visto que há muita oferta e pouca procura. Inclusive, estamos oferecendo cursos de capacitação para as pessoas que têm interesse em uma nova oportunidade. Precisamos fechar o quadro até o fim deste mês, já que pode haver uma grande demanda”, destaca.
A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e também a ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) não possuem pesquisas de campo para mensurar a movimentação econômica, mas afirmam que a festividade promete pesar um tanto mais na balança do que no ano passado, no entanto, ainda menos que o ano de 2019, antes da pandemia, quando a ultrapassou R$ 250 milhões de vendas na Capital sul-mato-grossense. Ainda de acordo com Adelaido, o número aponta uma leve retomada para a economia. “O comparativo com o ano anterior ainda não saiu, mas esperamos vender, no mínimo, R$ 150 milhões até 10 dias antes do natal, é a nossa meta”, detalha.
Em nota ao ao O Estado Online, a ACICG assinalou o otimismo para as vendas do final do ano e pontuou que o movimento deve superar 2020. “A injeção do 13º salário, a retomada da confiança do consumidor e da sua intenção de consumo, o fim das restrições ao comércio, bem como, o avanço da vacinação e do controle da pandemia são fatores que norteiam a perspectiva positiva da entidade. Esse movimento já deverá ser sentido em datas comemorativas como a Black Friday e o Natal e deve refletir na contratação de temporários. Nos próximos meses, a ACICG realizará pesquisas com empresários para saber qual o percentual de crescimento esperado e a previsão de contratações no comércio”, declara.
Lojistas em Campo Grande
O Estado Online ouviu os comerciantes da Capital sobre a expectativa de vendas para o Natal. Para Cléber Cabanhas, gerente do Magazine Luiza, da Rua Barão Rio Branco, região central de Campo Grande, o sentimento é o mesmo: de recuperação. “Com o controle dos casos de infecções, esperamos um aumento das vendas, uma retorno à normalidade. Quando chega novembro, dezembro, o comércio já começa a se preparar para esse ritmo mais acelerado. Sabemos que existe a necessidade de melhorar nosso quadro de funcionários, melhorar o atendimento ao cliente e, com isso, já abrimos novas vagas de emprego. A empresa já adotou todas as estratégias para a data”, revela.
O gerente disse ainda que, diferente do mês de setembro no qual houve baixa do quantitativo financeiro, o mês de outubro tem sinalizado um aumento na demanda do comércio, que deve abranger dezembro e alcançar o mês de janeiro. “Setembro foi parado, mas este mês as pessoas estão saindo de casa, estão se dirigindo até a loja. A venda presencial está se fortalecendo novamente”, enfatiza.
Por outro lado, tem que ainda veja com cautela o crescimento e acredita que este não seja o momento ideal para apostar em um aumento significativo no consumo. Este é o caso de Rodrigo da Silva Costa, gerente do Planeta Real. “Estamos trabalhando com mais cautela frente ao período sazonal deste ano, consideramos que deve aumentar as vendas, mas é preciso [ter o pé no chão]”, defende.
(Colaborou Rosana Lemes)