Faltando um mês para aulas, construção de novas salas ainda não começou

Foto: Além da unidade nas
Moreninhas, outras
27 escolas estão no
projeto de ampliação/Marcos Maluf
Foto: Além da unidade nas Moreninhas, outras 27 escolas estão no projeto de ampliação/Marcos Maluf

Reme anunciou a implementação para desafogar a fila de espera  

Faltando praticamente um mês para iniciar o ano letivo na Reme (Rede Municipal de Ensino), em Campo Grande a construção das 166 novas salas de aula em 27 escolas e 17 Emeis ainda é desconhecida por moradores. Com a promessa de construção das novas salas de aulas até o dia 15 de fevereiro quando retornar o período letivo, a reportagem do jornal O Estado percorreu endereços das novas instalações. A primeira escola percorrida pela reportagem foi Escola Municipal José Mauro Messias “O Poeta das Moreninhas”.

No bairro, moradores chegaram a relatar que o material de construção chegou na unidade, mas a obra ainda não foi iniciada. Paulo Chaves de 63 anos, morador do Bairro Moreninhas presenciou quando parte dos materiais chegaram. ” Um pouco antes do Natal um caminhão com telhas chegou, mas depois disso nunca mais vi ninguém”, relata.

Morador diz ainda que os filhos estudaram na unidade e fica feliz em saber que vai ampliar número de vagas. O bairro Moreninhas é um dos mais populosos de Campo Grande e a ampliação de novas salas de aulas é fundamental para atender a demanda. 

Eunice Bocauva também é moradora do bairro e disse que viu quando chegou telhas e parte do material de construção foi entregue. ” Foi uma movimentação rápida, achei que as obras já começariam, mas até agora nada”, explicou.

Nossa equipe esteve também na EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil) São José, no bairro Pioneiros. A unidade vai receber a construção de duas novas salas, mas no local não havia nenhuma movimentação de obra. 

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) informou que as novas salas que estão sendo construídas para ampliação de vagas na Rede Municipal de Ensino, serão modulares padronizadas, com 48m², o investimento será em 166 novas salas de aula, em 46 escolas, gerando assim 6.600 novas vagas, equivalente a 13 novas escolas em Campo Grande.

As ampliações estão sendo construídas nas sete regiões de Campo Grande, portanto, na região do Anhanduizinho, serão 62 novas salas de aula; no Segredo serão 26; região do Bandeira, 26; Lagoa serão 20 novas salas; Imbirussu 19 e região do Prosa, 13 novas salas de aula, totalizando assim, 166.

A construção faz parte do maior pacote da educação anunciado pela prefeita Adriane Lopes em novembro do ano passado, para dar melhores condições de estudos aos alunos e professores e aumentar o número de matrículas na Rede Municipal de Ensino.

Na última semana de dezembro, o Secretário Municipal de Educação, professor Lucas Bitencourt , afirmou que a ideia é que até dia 6 de fevereiro, todas as unidades já sejam utilizadas. O secretário explica que o problema das vagas é antigo, já que nunca é zerada e todos os anos, cerca de 112 mil crianças nascem na Capital e com novas famílias se fixando pela cidade. O número de alunos do ensino infantil na fila de espera chegou neste ano, aos nove mil.

Parceria  

Além da construção das novas salas, o município conta ainda com a parceria firmada com o governo do Estado que também ampliou suas vagas para atender alunos do 4º e 5º ano do ensino fundamental para que as unidades municipais possam atender mais alunos do ensino infantil. A parceria com o governo não foi a única alternativa encontrada para tentar receber mais crianças. 

Em entrevista ao Jornal O Estado, o coordenador da Central de Matrículas da REE (Rede Estadual de Ensino), Alciney Lopes, explicou que a quantidade de vagas podem ser até ampliadas se necessário. “Em Campo Grande estamos com 881 vagas, de quartos e quintos anos planejadas, mas se tivermos aumento da procura essas vagas podem ser ampliadas ou até dobrarem. Só que reforçamos que esse novo acordo, para 2024, só será aceito para alunos do regime integral. Nos locais que já atendemos essas séries no regime parcial, por acordos anteriores, continuarão como antes”, afirmou.

Por Thays Schneider 

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