Desafio dos organizadores será mobilizar quantidade significativa de pessoas
O Partido dos Trabalhadores, centrais sindicais e frentes de esquerda de Mato Grosso do Sul organizam a militância para manifestação dia 2 de outubro, às 9h na Praça do Rádio Clube no Centro de Campo Grande. O protesto ‘Fora Bolsonaro’ é em oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro com pedidos para soluções de problemas como a fome, desemprego, alta da inflação, entre outros.
Um dos desafios é mobilizar um quantitativo considerável de pessoas para dar resposta aos movimentos de 7 de setembro apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. O ex-presidente Lula teria convocado líderes regionais para realizar manifestos nas principais capitais do Brasil durante evento com Fernando Haddad e Gleise Hoffmann dia 25 de setembro.
O presidente regional do PT, Vladimir Ferreira afirma que o movimento acontece de forma democrática. “Vamos mobilizar contra a inflação, preço da gasolina, da carne, do alimento e da renda do trabalhador que só diminui. Vamos mobilizar contra o desemprego que atinge 15 milhões e principalmente contra a incapacidade do governo de apontar soluções para os problemas do Brasil”.
A presidenta regional do Psol, Cris Duarte cita que o partido esteve presente em todos os atos ‘Fora Bolsonaro’ e que estará novamente nas ruas da cidade. Para ela, a quantidade de pessoas não significa exatamente sucesso em manifestações. Cris acredita que a conscientização da população é um passo fundamental.
“Agora é hora de fazer uma frente ampla com partidos, parlamentares, movimentos sociais e principalmente com a população que não pode mais esperar por 2022 pra tirar Jair Bolsonaro da presidência. São quase 600 mil mortes no Brasil e um governo que prega o negacionismo. São 19 mil desempregados, crise hídrica, ambiental, inflamação chegando a 2 dígitos, o Brasil novamente no mapa da fome. É urgente o impeachment de Jair Bolsonaro. Todos precisam cobrar isso nas ruas.”
As frentes de esquerda também convocam a população que está insatisfeita com a atual gestão.
“Venha traga os seus amigos, traga o seu cartaz e vamos juntos gritar fora Bolsonaro”, diz o presidente do PT, Vladimir Ferreira.
O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), professor Jaime Teixeira também dialoga com os filiados e sindicatos para adesão. Ele é contra a PEC 32 (Proposta de Emenda Constitucional) da reforma administrativa. “Por emprego decente, em favor da vida, da renda, contra a fome, a carestia e a reforma administrativa.”
Vilson Gregório da CUT-MS (Central Única dos Trabalhadores de MS) também faz mobilização pelas redes sociais. Ele é a favor do impeachment de Bolsonaro e diz que a entidade cobra também questões sobre a devastação do meio ambiente, a destruição dos povos indígenas e os ataques à democracia. “Queremos comida no prato, passaporte da vacina, auxílio emergencial de no mínimo R$ 600 e mais empregos.”
O deputado Pedro Kemp participa do ato e vem publicando textos em seu blog sobre a importância de ações em favor da democracia. “Às pessoas de bom senso, àqueles que desejam ver um Brasil mais justo, mais solidário e garantidor dos direitos fundamentais das pessoas, aos que creem na democracia e na soberania do país, só há um caminho a percorrer neste momento: fazer a resistência democrática, defender a Constituição e as instituições políticas.”
Kemp também defende que haja a “apuração de crimes de responsabilidade praticados pelo presidente da República e abertura do processo de impeachment”. Para ele, é fundamental organizar a sociedade para o próximo pleito eleitoral. “Nossa vontade de mudar o Brasil não é fake news!”.
Em Mato Grosso do Sul, os atos também ocorrem em Dourados na Praça Antônio João às 8h e em Corumbá na Praça da Independência às 9h.
No Brasil haverá mobilização em ao menos 170 cidades
Atos com o tema Fora Bolsonaro já estão confirmados em 170 cidades do país, diz a CUT. Em Brasília, às 17h, começa a marcha, que se aproximará do Congresso Nacional pela Via S1 do Eixo Monumental, e depois percorrerá o caminho de volta pela N1. A previsão é que a manifestação termine por volta das 18h.
O ato na Capital Federal está sendo puxado por PSOL, PT, PCdoB, PSB, PDT, Cidadania, Solidariedade, Rede, Partido Verde, PSTU, Consulta Popular, PRC e PCB, além dos movimentos sociais. (Com Brasil de Fato).(Texto: Andrea Cruz)