Enquanto melhorias para o transporte seguem sem previsão, tarifa sobe para R$ 4,65

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Foto: Nilson Figueiredo

Consórcio Guaicurus ainda cobra dívida de R$ 3 milhões por parte da prefeitura de Campo Grande

A partir de hoje (1º), os usuários do transporte coletivo começarão a pagar R$ 4,65 na tarifa, que anteriormente custava R$ 4,40. O novo valor foi anunciado no dia 14 de fevereiro, após o Governo de Mato Grosso do Sul repassar mais de R$ 10 milhões para a prefeitura de Campo Grande, para custear o transporte público coletivo dos alunos da REE (Rede Estadual de Ensino), na Capital. 

Cabe ressaltar, que o valor da tarifa poderia ser ainda mais alto, caso o ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) não tivesse sido zerado. A isenção aconteceu na Câmara de Municipal de Campo Grande, na manhã do dia 14 de fevereiro, quando a lei complementar 853/23 foi aprovada pelos vereadores em regime de urgência. Em contrapartida à isenção, os vereadores cobram melhorias nos ônibus e terminais. “Se o imposto não tivesse sido zerado, agregaria mais 0,20 centavos no preço.” 

De acordo com o gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, o contrato da empresa com a Prefeitura Municipal de Campo Grande vai até 2032 e, atualmente, 392 veículos fazem as rotas de transporte de passageiros. Ele ainda afirmou que, para analisar a possibilidade de novos ônibus na frota, é necessário saber de quanto será o subsídio da prefeitura e do governo do Estado. “Antes de analisarmos qualquer melhoria, assim como, a aquisição de novos ônibus, precisamos saber quanto será repassado para nós e ainda não temos essa informação”, disse. 

O gerente-executivo fez questão de ressaltar que o aumento, mesmo pequeno, vai impactar diretamente no bolso dos usuários, que pedem por melhorias todos os dias. “Qualquer aumento, por menor que seja, atinge o orçamento dos trabalhadores que utilizam o transporte coletivo todos os dias”, explicou

Questionado sobre o valor do subsídio enviado pelo governo federal para a prefeitura, na intenção de arcar com os gastos de transporte dos idosos, Robson argumentou que ainda falta receber R$ 3 milhões. “Recebemos R$ 11 milhões, referentes ao transporte dos idosos nos meses de janeiro a outubro de 2022, e o restante seria para os custos de novembro e dezembro do ano passado e janeiro desse ano, mas os valores ainda não entraram em nosso caixa e a prefeitura também não deu uma previsão de quando pagará”, destacou Robson.

Por Tamires Santana  – Jornal O Estado do MS

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