O preço médio saiu de R$ 4,67 para R$ 4,76
O litro da gasolina comum vendido em Campo Grande subiu 1,93%, em um mês. Conforme pesquisa realizada pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), se comparar os dias entre 23 e 29 de outubro e 20 a 26 de novembro, o preço médio saiu de R$ 4,67 para R$ 4,76.
O que chama a atenção é que o último reajuste aplicado pela Petrobras foi de queda de 7,08%, no dia 2 de setembro, quando saiu de R$ 3,53 para R$ 3,28 o litro nas distribuidoras.
No entanto, o presidente do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, destaca que o mercado é de livre demanda e que cada revendedor decide se reajusta o preço para mais ou menos. Além do que o custo depende de outros fatores.
“Como sempre explico, o preço da gasolina é composto de etanol anidro que variou diversas vezes nos últimos 60 dias e, como sua composição tem 27%, o preço de custo aumenta ou reduz automaticamente.
Nossa Capital e Estado continuam a ter a gasolina mais barata do Brasil”, destacou.
Na Avenida Eduardo Elias Zahran, esquina com a Rodolfo José Pinho, o litro da gasolina está a R$ 4,75. Já na Rua Rui Barbosa esquina com a Rua João Pedro de Souza, o custo está R$ 4,69; ainda na Rui Barbosa esquina com a Rua 26 de Agosto, a gasolina é comercializada a R$ 4,65.
Etanol e diesel
O litro do etanol, na Capital, saiu de R$ 3,55 para R$ 3,74, variação de 5,35%. O aumento nas bombas é reflexo do reajuste nas usinas de São Paulo, que saiu de R$ 2,68 no dia 28 de outubro para R$ 2,80 no dia 25 de novembro. Neste caso, o aumento foi de 4,47%.
Já no caso do diesel vendido em Campo Grande, houve queda, saindo de R$ 6,44 em outubro para R$ 6,31 na última pesquisa de novembro, retração de 2,02%.
Sequência de quedas
No dia 18 de junho, o preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras saiu de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, tendo aumento de 5,18%. Depois disso, começou a sequência de quedas aplicada pela Petrobras. No dia 20 de julho, o preço médio de venda de gasolina passou de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro, nas distribuidoras, queda de 4,93%.
No dia 29 de julho caiu 3,88%, saindo de R$ 3,86 para R$ 3,71. Em 16 de agosto, o custo médio reajustou -4,85%, passando de R$ 3,71 para R$ 3,53 por litro. Por fim, no dia 2 de setembro, a queda foi de 7,08%, de R$ 3,53 contra R$ 3,28 por litro.
Próximo ano
O cenário para o próximo ano ainda é incerto. É necessário levar em conta que o preço do combustível depende, ainda, do preço do barril do petróleo e do dólar.
Além disso, conforme já adiantado pelo jornal O Estado, no dia 31 de dezembro de 2022 acaba a vigência da isenção dos tributos federais sobre a gasolina, como o PIS/ Cofins (Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
A cobrança do tributo anterior à lei era de 0,6869% para gasolina comum, conforme tabela da Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes). Com isso, o percentual deve retornar à composição do preço em 2023, caso não haja movimentação quanto à questão por parte do governo federal.
Entretanto, por outro lado, continua vigente a Lei nº 194/2022, que determina a limitação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a 17% em todos os estados e no Distrito Federal.
Por Izabela Cavalcanti – Jornal O Estado de MS.
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