Em terceiro dia de greve, professores lotam Câmara de Vereadores

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Foto: João Gabriel Vilalba

Os profissionais da educação da REME (Rede Municipal de Educação) entram no terceiro dia de greve nesta terça-feira (06) e se reuniram na Câmara Municipal de Campo Grande em busca do auxilio de vereadores para a categoria, na discussão sobre o reajuste salarial de 10,39% do mês de dezembro, previsto em lei mas que não foi pago pelo executivo.

Professores lotaram a Casa de Leis na manhã de hoje, e alguns ficaram para fora do plenário devido a lotação máxima do local. Com placas de “Cadê o dinheiro” e “nossa família também merece natal digno”, os educadores seguem pedindo o diálogo com a prefeita Adriane Lopes (Patriota), que não compareceu na sessão. O presidente da ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucilio Souza Nobre explica que agora a categoria quer o auxílio dos vereadores para a reivindicação. “A prefeita não atendeu a categoria, ela é responsável pelo executivo, então não adianta fugir, tem que atender a ACP. Estamos aqui cobrando e hoje estamos chamando os vereadores para nos ajudar a construir uma comissão e ai sim encontrar uma saída para o comprimento da lei do piso. A greve só esta começando”.

A categoria cobra a aplicação da Lei Municipal nº 6.796/2022, que previa o reajuste de 10,39%, referente ao mês de novembro deste ano. A lei estabelece os índices de correção para o ano inteiro e prevê um cronograma de integralização do valor do piso nacional do magistério ao piso de 20 horas da Reme até 2024 e o reajuste deverá ser pago de forma escalonada.

A prefeitura realizou reunião e declarou que não irá pagar o reajuste referente ao mês de novembro e encaminhou a ACP o Oficio nº 43863, que comtempla apenas a correção do mês de dezembro em 4.7891%, índice previsto na Lei do Piso 20h. Com isso, a assembleia da ACP decidiu de forma unanime a paralisação das atividades.

O atual presidente e o presidente eleito, Gilvano Bronzoni, ocuparam a tribuna da sessão na Câmara. Para Gilvano, a greve também prejudica os professores. “Esses professores que estão aqui hoje, vão ter que repor em sala, vão ter que repor no natal e ano novo, vão perder festas com a família, mas não estão aqui simplesmente por aumento de salario, estão aqui para uma valorização da educação, que foi interrompida, desde 2015. Desde o inicio da greve ela não recebe a comissão de negociação da ACP, por isso estamos aqui”.

O sindicato já divulgou as datas de reposição das aulas: a reposição para a paralisação do dia 25 de novembro, será em 17 de dezembro; o dia 29 de novembro será reposto no dia 20 de dezembro. Já os dias de greve desta semana serão repostos nos dia 21, 22, 23, 26, 27 e 28 de dezembro. De acordo com o documento, os dia 20 e 21, que eram dedicados ao exame final, serão repostos nos dias 29 e 30 de dezembro.

Ao final da sessão, o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão, recebeu os representantes da ACP, a pedido do vereador Professor Juari (PSDB), que irá intermediar uma reunião entre educadores e executivo municipal.

 

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