Por Izabela Cavalcanti
Cerca de 20 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados contra a febre aftosa em Mato Grosso do Sul, a partir de 2023. O número corresponde a 100% do rebanho. Isso porque o Estado conquistou área livre da doença, sem vacinação.
De acordo com dados do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Mato Grosso do Sul atingiu a pontuação 3,3 no Quali SV, sendo a segunda melhor entre os estados do Bloco IV, do PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa).
O Governo do Estado tem buscado esse status há, pelo menos, oito anos. Foram investidos mais de R$ 100 milhões em tecnologia, contratação e capacitação de pessoal além do pleno aparelhamento da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal).
Segundo o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, conseguir elevar a pecuária do Estado foi o grande objetivo do governo. “Há cinco anos, quando saiu o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, ficamos sabendo que Mato Grosso do Sul seria livre. Então, a partir daí, nós tivemos um grande trabalho. Foram várias auditorias realizadas, muito investimento no Estado de Mato Grosso do Sul em contratação e capacitação de pessoas, aparelhamento total da Iagro”, destacou.
Redução
A obtenção da área livre de aftosa também vai ajudar na redução de custos para o produtor rural. “O produtor terá queda no custo de vacinação. Ele não terá que juntar o gado duas vezes por ano para fazer toda a vacinação. Ou seja, muda toda a operação, o nível de controle que nós temos de ter. Mato Grosso do Sul tem uma pecuária de qualidade e que agora estará pronto para conquistar aquele mercado que ela sempre mereceu, porque o gado e a carne estão prontos”, concluiu Jaime Verruck.
Além de MS, outros seis estados do Bloco (Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins) também devem realizar a última imunização contra a aftosa em novembro de 2022.
Até o momento, os estados da Bahia, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo ainda não atingiram os indicadores necessários para a retirada da vacinação.
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