Em fim de mandato, Dodge se diz preocupada com democracia

Em uma das raras vezes em que falou com jornalistas durante seu mandato à frente da Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge disse estar preocupada com a democracia e, emocionada, destacou que procurou trabalhar em “áreas mais nodais” em busca de uma sociedade mais igualitária e justa.

O mandato de Dodge como procuradora-geral termina na próxima terça-feira (17). Nesta quinta (12), ela participou de sua última sessão plenária no Supremo Tribunal Federal. Ao final, respondeu a perguntas dos jornalistas.

“Acho que a democracia é uma obra coletiva, da sociedade, das instituições. Na minha mensagem final aqui no Supremo procurei enfatizar que nós levamos 30 anos para erguer a democracia do Brasil e fizemos isso numa onda internacional de criação das democracias liberais em vários países”, disse Dodge.

“Acho que o grande desafio do século 21 é não deixar que as democracias morram. Muitas vezes acontecem avanços e também retrocessos, e eu percebo com alguma preocupação muitos sinais de retrocesso no tocante às democracias liberais no mundo. Eu espero que isso não aconteça no Brasil.”

Segundo Dodge, sua gestão ampliou o número de procuradores em todas as forças-tarefa da Lava Jato, no Paraná, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

O indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) para substituí-la é Augusto Aras, que deverá ser sabatinado pelo Senado no próximo dia 25. Aras foi escolhido sem participar da eleição interna no MPF. Foi a primeira vez, em 16 anos, que um presidente da República ignorou a lista tríplice feita pela categoria. (Texto: Notícias ao Minuto)

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