Próximo do pagamento, trabalhadores com carteira assinada recebem a primeira parcela do 13º salário até o dia 30 de novembro, e antes mesmo da chegada deste dinheiro, é importante fazer o planejamento adequado para não ter mais dívidas. Fazer compras não está proibido, mas tudo vai depender da sua situação financeira.
Especialistas acreditam que o 13º salário pode ser um meio de iniciar uma negociação das dívidas e dão dicas para quem quer sair do vermelho. Segundo eles, a regra é que 30% seja destinado ao aluguel e 30%, a prestações em aberto.
Ao jornal Correio Braziliense, o economista e consultor independente Carlos Eduardo de Freitas orientou que, para quem está inadimplente, vale utilizar o 13º para tentar quitar as dívidas. “Depende dos valores, mas usar tudo é válido se for ajudar”, diz.
Tratando o 13º como um salário normal, o especialista enumera duas regras. “Até 30% do valor pode ser utilizado para o aluguel e mais 30% para arcar com prestações em aberto. O resto, é preciso analisar cada caso”, completa.
Planejamento
Além das dívidas comuns, há os “superendividados”, que são pessoas que somam débitos mensais mais do que recebem como renda. “Essas pessoas têm que se conscientizar e cortar gastos”, frisa. Para isso, ele defende que é preciso começar a fazer o caminho reverso. “Olhar com o que se gasta e avaliar, de forma consciente e se necessário com ajuda de outra pessoa, o que é essencial e o que pode ser cortado ou reduzido”, detalha.
Como sair do endividamento
Carlos ainda destaca que para sair do endividamento, o primeiro passo é fugir das “tentações” como Black Friday e qualquer outra promoção que pressione o consumidor a comprar.
“A partir desse ponto, podemos começar a pensar em usar o 13º, por exemplo, para começar a quitar as dívidas. Se eu tivesse que elencar as mais importantes, seriam cartões de crédito e o cheque especial, que devem ser prioridade por causa dos juros altos”, explicou.
Ainda segundo ele, parcelar não é prudente porque, às vezes, a pessoa acha que cabe no bolso mais uma parcela, mas quem já está endividado não pode fazer isso, pois fica sem fôlego financeiro para emergências. “Uma dica que vale para todos: não gastar mais do que recebe. Além disso, fazer um planejamento financeiro”. pontua.