O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira, 20, que a economia formal mostra sinais de recuperação enquanto a atividade econômica informal segue afetada pelos efeitos da crise sanitária. O presidente destacou que cerca de 40 milhões de trabalhadores informais são uma preocupação para o governo e, por isso, cobrou o fim de medidas restritivas adotadas para diminuir a disseminação do novo coronavírus, que já matou mais de 375 mil brasileiros.
“Os números da economia formal estão demonstrando que o Brasil está se recuperando. No tocante à informalidade está uma catástrofe, 40 milhões de pessoas que perderam tudo ou quase tudo na vida”, disse durante encontro com líderes evangélicos de Anápolis (GO) no Planalto. “Esse pessoal é uma grande preocupação da nossa parte porque teria que reabrir rapidamente as atividades”, disse.
Em sua fala, que teve trechos divulgados por participantes do encontro, o presidente se diz preparado para um cenário de “caos social”. “Pode acontecer de uma hora para a outra. Pode começar a aparecer saques a supermercado, e problemas mais variados possíveis no Brasil”, citou.
Para os religiosos, Bolsonaro reforçou que a categoria representa grande parte da sua base de apoio e citou medidas do seu governo. O presidente comentou que o preço da gasolina está alto, mas ponderou que o salário mínimo aumentou. “Muita coisa nós fizemos. Se for comparar o preço da gasolina está caro, está, mas se for pegar o salário mínimo de anos anteriores e dividir pelo preço do combustível se compra muito mais combustível com o salário mínimo em meu governo do que governos anteriores”, argumentou.