Dos 24 deputados estaduais, maioria tenta reeleição, outros a federal e até governo

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Entre os que se aposentam pode estar Londres Machado, que possui mais de 40 anos de vida pública

Em Mato Grosso do Sul, quase todos os 24 deputados da Assembleia Legislativa devem tentar reeleição para novo mandato nas eleições de 2022. O total de 12 parlamentares já divulgou que não migra de partido, ao passo que dois citam que podem disputar o governo do Estado e o restante discute mudança de legenda na abertura de janela partidária e cargo federal.

Pela regra na atual legislação, os candidatos devem escolher suas siglas até seis meses antes das eleições em prazo de 30 dias. A janela partidária abre no mês de março com data definida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e termina em abril depois do prazo de 30 dias para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato.

O deputado Antônio Vaz (Republicanos) concorre à reeleição pelo partido. “Sou um representante da bancada evangélica e conservadora, que luta pelas famílias e pelo não fechamento das igrejas. Durante a pandemia muitas famílias buscaram apoio e esperança através da fé. Se Deus quiser vou pra reeleição de deputado estadual e sem dúvidas no partido Republicanos no qual estou desde o início.”

O deputado Lidio Lopes (Patriota) concorrerá à reeleição pelo partido do qual é presidente regional. Única mulher na Assembleia Legislativa, a deputada Mara Caseiro afirma que concorre à reeleição pelo PSDB. O presidente da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa, também disputa o cargo de deputado estadual no ninho tucano.

O deputado Felipe Orro, que atualmente é do PSDB, deve sair da sigla, mas concorre ao mesmo cargo em 2022. Ele não confirma, mas pode migrar para o PSD, partido da esposa Viviane Orro.

Professor Rinaldo, do PSDB, vai concorrer a mais um mandato como deputado estadual. No entanto, ele não confirma se fica no PSDB e diz que vai discutir só ano que vem a partir de março, quando haverá a abertura de janela partidária. O parlamentar preferiu não informar para qual sigla pode migrar. “Vamos analisar todo o desfecho dessa questão de reforma eleitoral. Eu só decido entre março e abril sobre a definição de partido”, disse Rinaldo Modesto.

O deputado Gerson Claro, do Progressistas, concorre ao mesmo cargo em 2022. Ele não muda de partido, assim como o presidente regional deputado Evander Vendramini, que ainda decide se tenta cargo para deputado federal ou estadual.

Barbosinha, do Democratas, diz que tenta reeleição pela sigla. “Irei concorrer a deputado estadual, buscando o terceiro mandato. Estamos avaliando o cenário e as eventuais mudanças das regras eleitorais. No momento não penso em mudar de partido.” Zé Teixeira (DEM) afirmou, por meio da assessoria, que “está muito cedo ainda e que não vai se manifestar sobre eleições neste momento”.

O deputado Lucas de Lima deve sair do Solidariedade, e cita que possui diálogos com o Republicanos, PDT, PTB e Podemos. “Concorro à reeleição a deputado estadual. Sobre mudança de partido, tudo vai depender das mudanças no sistema eleitoral que está sendo votado no Congresso. Provavelmente irei sair. Estou estudando vários convites que recebi.”

Neno Razuk, do PTB, diz que deve mudar de partido para concorrer à reeleição. “No PTB eu não devo ficar. Tenho, sim, preferência por partidos que apoiarem o pré-candidato a governo Eduardo Riedel.”

Pelo PT, os deputados Pedro Kemp e Amarido Cruz concorrem à reeleição em 2022. Herculano Borges, do Solidariedade, concorre ao mesmo cargo pela sigla. “Estamos fortalecendo o Solidariedade para termos bons nomes para deputado estadual e federal.”

Marcio Fernandes, do MDB, conta que continua no partido para tentar renovar o compromisso com novo mandato. “O meu projeto para as eleições de 2022 é disputar a reeleição de deputado estadual. Acredito que nós estamos desenvolvendo um trabalho diferenciado que a população tem aprovado, principalmente um segmento pouco explorado por políticos que é causa animal, e eu represento até por ser médico veterinário. Eu sigo no MDB.”

Renato Câmara (MDB) também quer concorrer novamente ao mesmo cargo pela sigla. “Tenho uma história e uma trajetória no MDB, sigo uma linha do meu saudoso pai, que militou neste partido. Estou no terceiro mandato como presidente municipal do MDB e consegui contribuir para o fortalecimento da sigla.”

O deputado Capitão Contar (PSL) tende a sair candidato a deputado federal e até mesmo migrar de partido, já que segue o presidente Jair Bolsonaro, que pode se filiar ao PP.

O deputado mais jovem da Casa de Leis, deputado João Henrique Catan (PL), quer concorrer ao governo do Estado. “Meu sonho é o de governar Mato Grosso do Sul, por isso sairei candidato. Estamos conversando com as bases, andando o Estado e colocando o nome à disposição, da mesma maneira como fizemos na eleição passada para prefeito da Capital. Sobre o PL, hoje é o terceiro maior partido do Congresso Nacional e tem como nos dar o suporte adequado.”

Jamilson Name, que está sem partido, afirma que o momento é de conversar sobre um novo partido, mas que concorre à reeleição de deputado estadual. “A questão partidária vou aguardar até o período do ano que vem, onde fecha a janela.”

Coronel David, que também está sem partido, tende a ir para o Progressistas. Por enquanto, ele não confirma oficialmente a qual cargo concorre, mas deixano ar que pode disputar cargo de deputado federal, e até mesmo a governo do Estado, caso seja o plano do presidente Jair Bolsonaro. “Posso dizer que estamos mais próximos do partido Progressistas. É um dos mais prováveis destinos.”

O deputado Londres Machado, do PSD, tende a se aposentar. Pessoa próxima afirmou que o deputado vai sair da vida pública. Ele possui carreira política de mais de 40 anos. Londres não atendeu as ligações até o fechamento do texto.

Já em relação ao deputado Eduardo Rocha (MDB), uma fonte afirmou que ele não concorre ao cargo de deputado estadual e pode até mesmo desistir das eleições em 2022. Questionado sobre se concorre ou não à reeleição, o parlamentar não respondeu.

Marçal Filho (PSDB) afirmou que não era o momento de discutir o assunto. Acesse também: Bolsonaro defende manifestações no dia 7 de Setembro

(Texto: Andrea Cruz)

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