Após meses de aumento expressivo na volatilidade, a taxa de câmbio caminha para alguma estabilização nos próximos meses, ainda que dentro de uma faixa de preços, conforme o tombo da economia doméstica dá sinais de ser menos tenebroso e o dólar experimenta enfraquecimento global, avaliaram analistas nesta sexta-feira.
O dólar terminou julho com a maior queda mensal do ano (de 4,07%), depois de em maio e junho ter mostrado variações que na soma ficaram no zero a zero (a moeda caiu 1,8% em maio e subiu em ritmo parecido no mês seguinte). Em março, a divisa disparou quase 16% e ganhou mais 4,7% em abril.
Apesar do intenso vaivém intradiário, que chamou atenção de todo o mercado e também do Banco Central nos últimos meses, o dólar vinha desde o fim de maio dentro de uma banda entre as médias móveis de 50 e 100 dias. Mais recentemente, contudo, a média de 50 dias caiu abaixo da de 100 dias, o que costuma ser visto como sinal de mais quedas à frente da moeda.
O Ibovespa fechou em queda nesta sexta-feira, com Cogna entre as maiores perdas, em pregão marcado por movimento generalizado de realização de lucros, que, contudo, não atrapalhou mais um resultado mensal positivo na bolsa paulista.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,9%, a 103.016,92 pontos, mas encerrou a semana em alta de 0,62% e acumulou elevação de 8,38% em julho. Apesar de quatro meses seguidos de alta, ainda registra perda de 10,92% em 2020. O volume financeiro no pregão desta sexta-feira totalizou cerca de 30,5 bilhões de reais. Os números são preliminares, antes do ajuste de fechamento.
No exterior, o norte-americano S&P 500 fechou no azul, em sessão marcada pela repercussão a resultados fortes de grande nomes de tecnologia, como Amazon.com, em meio a expectativas de nova rodada de estímulos econômicos.
(Texto: Reuters)
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