Dólar fecha em R$ 5,37, maior patamar desde 1º de junho

O dólar fechou em forte alta de 2,10% nesta quinta-feira (18), terminando no maior patamar desde 1º de junho. O dia também foi de alta para o principal índice da Bolsa Brasileira, o Ibovespa, que encerrou a sessão com 0,6%.

A moeda norte-americana à vista subiu 2,10%, a R$ 5,3715 na venda. Esse é o maior patamar desde 1º de junho (R$ 5,3843) e o sétimo pregão consecutivo de alta. Na máxima, a cotação saltou 2,44%, a R$ 5,3893, depois de chegar a cair 0,62%, a R$ 5,2285.

A valorização do dólar no Brasil decorreu em boa parte da força da moeda no exterior, onde receios sobre uma segunda onda de Covid-19 em economias centrais conduziram investidores a ativos considerados seguros, como dólar, iene e títulos do Tesouro norte-americano.

Pares emergentes do real também mostraram firmes quedas. O peso mexicano cedia 2,1% no fim da tarde. Mas, de novo, a taxa de câmbio brasileira liderou as perdas globais, em meio a um fluxo de notícias do lado político que ainda dita cautela, um dia depois de o Banco Central sinalizar chance de novo corte da taxa básica de juros da economia, a Selic —que caiu na véspera a nova mínima recorde de 2,25% ao ano.

O Ibovespa subiu 0,6%, a 96.125,24 pontos, chegando a superar os 97 mil na máxima da sessão. No pior momento, nos primeiros negócios, caiu a 94.697,53 pontos. O volume financeiro da sessão somou R$ 27,77 bilhões.

Análise gráfica da equipe da Santander Corretora estima que, caso a pressão compradora se intensifique, o Ibovespa deverá seguir em direção à resistência em 98.000 pontos e, depois, pode buscar os 102 mil pontos.

Na véspera, o Banco Central corroborou perspectivas e reduziu ainda mais a taxa Selic, para 2,25% ao ano, movimento que tem estimulado migração de recursos para a bolsa, em busca de rendimentos mais elevados.

(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Reuters)

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