Praticamente uma unanimidade, o chocolate já foi usado como moeda entre os Astecas, era ingrediente da bebida sagrada dos deuses Maias, serviu de alimento ao exército americano na Segunda Guerra Mundial e desde que, consumido com cautela, traz benefícios à saúde. Inspiração até para músicas, está na letra de canções de gente como Michel Teló, Marisa Monte e Tim Maia, além de artistas internacionais como Iggy Pop, The Cranberries e Miles Davis. Hoje é o Dia Mundial do Chocolate e o caderno de Artes&Lazer vai dar uma adoçada na sua vida.
Josie Regina Benatti, proprietária da Chanton, que está há 30 anos no comércio de bolos, tortas e chocolates em Campo Grande revelou quais são as iguarias preferidas pelos clientes e mostrou que todo processo da preparação dos chocolates é feita na fábrica, localizada na loja da Chanton da rua Amazonas. “Nosso carro chefe é o ‘Tentação’, que é o chocolate recheado de leite condensado e coco, as pessoas pedem muito”.
“Ultimamente, chocolates intensos, com 58%, 60% e 70% de cacau, caíram no gosto das pessoas e elas estão conhecendo chocolates diferentes. A procura por esses produtos têm aumentado bastante. Lançamos há algum tempo a nossa barra de chocolate com cacau todo produzido aqui. Agora não compramos mais a barra para derreter. O chocolate é produzido aqui. A amêndoa do cacau que nós compramos é proveniente do sul da Bahia e do Pará. Fazemos todo o processo, desde a torra, a extração do licor e
depois a preparação do chocolate”, esclarece a proprietária da Chanton. Quando o assunto é bolo, também não tem para ninguém, o sabor chocolate é soberano. “O bolo de chocolate é na verdade 90% da nossa produção. É o nosso foco”, avisa Josie, que preparou uma série de promoções ao longo do dia pelas redes sociais da Chanton. O instagram da Chanton pode ser acessado pelo link: @chantonoficial
Regionalidade
Para quem tem restrições alimentares ou é adepto ao veganismo, a Angí Chocolates é uma opção bacana. Beatriz Branco, criadora da marca, utiliza ingredientes regionais e seus chocolates são sem lactose e glúten. “Eu faço inclusão nos chocolates também dos ingredientes nativos do nosso Estado, dos biomas do Pantanal e do Cerrado, com frutas desidratadas como guavira, pequi, jatobá, bocaiúva e laranjinha de pacu, castanha torrada, que é a castanha de baru. Meu chocolate é extremamente puro, vegano,
sem nenhum alergênico, sem glúten, sem lactose. Ou seja, a ideia é fazer um chocolate que todos possam comer. Faço eles nas porcentagens de 50% cacau até 100% cacau”.
“Nossos chocolates mais vendidos são os de castanha de baru e o de guavira, que é a fruta símbolo do estado de Mato Grosso do Sul. Lancei um kit exclusivo, que estará à venda apenas esse mês mundial do chocolate e das festas Juninas e Julinas. É tortinha de chocolate com pamonha, tortinha de chocolate branco com cocada de maracujá e tortinha de pé de moleque de castanha de baru com chocolate”, ressalta Beatriz. Conheça mais sobre a Angí Chocolates pelo link.
Aprecie com moderação
Mesmo uma delícia, o chocolate pode causar danos à saúde se consumido em excesso. É o que diz Camila Morais, coordenadora do curso de Nutrição da Estácio Campo Grande. O consumo diário de chocolate não é recomendado mesmo para pessoas saudáveis. O excesso pode levar ao ganho de peso, elevar o índice de glicemia e em crianças pode causar distúrbios gastrintestinais. A especialista alerta para a quantidade de chocolate que deve ser consumida por dia, já que a guloseima é bastante calórica. A quantidade hoje recomendada é de, em média, 30g ao dia, dando preferência a chocolates amargos, sempre acima de 70% de cacau na composição.
Na hora de escolher o chocolate é importante ficar de olho no percentual de cacau utilizado na receita. Quanto maior o seu percentual de cacau, maior será seu benefício. “Devemos priorizar os benefícios na hora de escolher. O chocolate branco é feito com manteiga de cacau e outros ingredientes. Não possui benefícios à saúde e é o mais rico em gordura e açúcar. O chocolate ao leite possui aproximadamente 25% de cacau sólido em sua composição, além de gordura, leite e açúcar”, alerta Camila Morais.
“O meio amargo contém entre 40-50% de cacau. Costuma ser menos calórico porque possui menos açúcar, gordura e leite na composição, mas é válido analisar os ingredientes sempre. Já o amargo tem de 70 a 90% de cacau na composição. É considerado um alimento funcional pelos benefícios que proporciona à saúde. O cacau, principal ingrediente dos chocolates amargos, é rico em flavonoides, substância com função cardioprotetora e, por isso, tem se mostrado importante para a saúde cardiovascular. Mas para obter esses benefícios devemos escolher chocolates amargos que possuem uma concentração menor de açúcar e gordura”, finaliza a coordenadora do curso de Nutrição da Estácio.
(Texto: Marcelo Rezende)