Existem brinquedos baratos que podem sair caros, isso porque muitos dos produtos que são comercializados nos principais centros urbanos do país são oriundos do crime organizado e, por isso, falsificados. O Dia das Crianças exige dos consumidores ou melhor dizendo, dos pais, um cuidado redobrado na hora de adquirir um brinquedo com preço muito aquém do praticado pelo comércio formal. Se o preço está muito baixo, melhor desconfiar.
Mas tem problema comprar um brinquedo falso? Tem sim, e muitos, garante Douglas Galiazzo, professor de Direito Penal da Estácio. “Ao comprarmos um brinquedo falsificado estamos alimentando o mercado ilegal e com isso contribuindo com o bolso dos criminosos”, lembra Galiazzo. Só em 2020, segundo dados do FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade), o Brasil perdeu cerca de R$ 287,9 bilhões apenas para o mercado ilegal.
Outro ponto é que os brinquedos falsificados são perigosos às crianças, pois oferecem riscos graves à saúde. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) recomenda observar a faixa etária e se o produto tem o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro.
“É importante considerar a faixa etária a que o produto se destina, bem como as informações sobre conteúdo, instruções de uso e eventuais riscos associados à criança. Importante que o consumidor adquira o brinquedo em pontos de venda formais, jamais em mercado paralelo, e exija a nota fiscal no ato da compra. A recomendação também vale para as lojas online”, destaca Hercules Souza, do Inmetro. (Da redação)