Depois de 16 meses parados, mais oito radares, em cinco pontos, começaram a funcionar em Campo Grande. Isso porque os últimos equipamentos de fiscalização eletrônica foram acionados no dia 19 de setembro de 2019.
De acordo com o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Janine Bruno de Lima, os aparelhos estavam instalados há um ano, mas em razão da pandemia, apenas agora foram ligados.
“As pessoas devem até estar achando estranho, porque eles estava já estavam instalados, mas até que fizéssemos todos os testes, vistorias e aferições veio a pandemia e com isso apenas agora eles começaram a funcionar”, explicou.
Os oito aparelhos de fiscalização eletrônica estão funcionando em caráter educativo até o próximo dia 20. Somente após essa data eles começarão a multar os condutores que não respeitarem a velocidade máxima de cada um. Os radares foram ligados no último dia 6 de janeiro.
Esses radares estão instalados nas avenidas Manoel da Costa Lima, Prefeito Heráclito Figueiredo, Duque de Caxias e na Júlio de Castilho, e na Rua Alegrete. Até então, eram 73 equipamentos espalhados por 26 ruas, agora o número aumentou para 81 aparelhos e 29 ruas. E, segundo Janine, neste momento, não há mais nenhum equipamento previsto para ser instalado ou entrar em funcionamento.
Funcionamento
Campo Grande ficou por um período de dois anos sem os equipamentos de fiscalização. Os aparelhos foram desligados em 2016 e retirados em 2018 pela antiga empresa que prestava os serviços. Entretanto, ainda no mesmo ano, no mês de dezembro, eles foram reinstalados pela nova empresa que presta o serviço ao município e sete voltaram a funcionar ainda em 2018.
Em dezembro do ano passado, eles completaram dois anos de funcionamento e, com eles, o número de mortes no trânsito da Capital diminuiu 24% se comprado com 2018, ano em que os aparelhos foram retirados e os condutores abusaram da velocidade. Conforme dados da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), em 2020 foram registradas 66 mortes ao passo que em 2018 foram 87 mortes.
Segundo a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agetran, Ivanise Rotta, os radares são essenciais para queda de acidentes e, consequentemente, de mortes, mas eles não garantem o cumprimento por parte dos condutores.
“Eles podem ser ultrapassados pelo infrator, então, enquanto os condutores não perceberem o quanto que andar a 50 km/h é essencial para evitar acidente e mortes, não vão conseguir obedecer essa a regra. O excesso de velocidade é o principal fator de risco em Campo Grande quando falamos em acidente e mortes e, muitas vezes, ainda tem o álcool associado”, ressaltou.
Texto: Rafaela Alves