Durante uma coletiva realizada na noite de ontem quinta-feira (2), o Ministério da Economia revelou alguns dados preliminares sobre os impactos que o coronavírus têm causado para as contas públicas. O secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que os impactos no déficit primário, quando não se consideram juros, chegará a 419 bilhões de reais ao final do ano.
Conforme as informações do governo, o impacto das medidas de estímulo à economia e de combate à doença somam 224 bilhões de reais. A meta estipulada antes da Covid-19 atingir em cheio a economia do país, era de 124 bilhões de reais. Em entrevista ao jornal Valor Econômico em novembro, Rodrigues projetava um déficit “bem menor”, graças à redução dos juros e estimativa de receitas mais gordas, além da expectativa pela aprovação das reformas e atração de investidores.
Os valores projetados pelo secretário somam o maior rombo já registrado na história. De acordo com ele, os números ainda poderão ser revisados, com novos possíveis (e prováveis) gastos do governo para conter a pandemia e manter empregos e renda.
Segundo os dados detalhados do Ministério da Economia, as contas do Governo Federal terão impacto de 2,2 bilhões com a suspensão de impostos sobre equipamentos médico-hospitalares e 7,1 bilhões de reais ao abrir mão da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, para que a população e empresas obtenham crédito. As informações são do portal de Notícia Veja.
(Texto: Karine Alencar)
