O ano de 2020 deve encerrar com déficit primário de R$ 787,45 bilhões, por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19), conforme informações do Ministério da Economia. O valor se refere ao Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, entregue nesta quarta-feira (22) pela pasta ao Congresso Nacional.
No relatório divulgado no fim de maio, a previsão era de que o rombo nas contas públicas seria de R$ 540,53 bilhões.
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como índice oficial de inflação, caiu de 1,8% para 1,6% neste ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado para corrigir o salário mínimo, encolheu de 2,4% para 2,1%.
Por causa dos recentes cortes na taxa Selic (juros básicos da economia), o relatório atualizou a previsão de taxa média de 3,1% para 2,6% em 2020. Atualmente, a Selic está em 2,25% ao ano.
O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo, desconsiderando os juros da dívida pública.
(Texto: Izabela Cavalcanti com informações da Agência Brasil)
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