Em 2021, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul realizou 326.434 atendimentos em todo o Estado até o dia 30 de novembro. Segundo o órgão, os números deste ano superam os de 2020 com aumento de 33%, comparado ao primeiro ano da pandemia que teve 244.461 atendimento. Na Capital, os 130.488 atendimentos realizados em 2021 destacam um aumento de 34% em relação a 2020. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa realizada hoje (6), na Escola Superior da Defensoria Pública em Campo Grande.
A Defensora Pública-Geral Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira revelou que os números de atendimentos a crianças e adolescente atuais é preocupante em MS. Foram 3.782 atendimentos dessa categoria no Estado e 2.681 em Campo Grande. De agosto a outubro, houve 30 casos de violência contra crianças, especialmente crimes sexuais.
De acordo com Patrícia, Mato Grosso do Sul é o primeiro estado do Brasil em casos de violência sexual de crianças e a adolescentes. ”Nós precisamos mudar essa realidade, isso acontece em um âmbito muito íntimo de esfera de circulação da criança. A Defensoria Pública, a partir de 2022, promoverá a contratação de psicólogos e assistentes sociais no interior do Estado para que a criança receba um suporte melhor”, disse.
”Aqui em Campo Grande, nós temos a Delegacia da Criança e do Adolescente, mas no interior a estrutura é precária. Essa é uma grande preocupação da Defensoria Pública e nós temos conversado, junto com a Secretaria de Justiça e diversos segmentos do nosso Estado, sobre a importância de modificarmos essa estrutura de atendimento”, complementou.
Família, saúde e consumo
Em 2021, a unidade de atendimento à família teve 39.678 casos na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Nesse quadro, as situações de pensão registraram 14.926 pedidos enquanto casos de divórcios tiveram 4.981 atendimentos.
Na área da saúde, houve o aumento de requerimentos expressivo de 66%. Em 2020, foram registrados 5.717 casos, enquanto em 2021 houve 9.482. Lembrando que as cirurgias eletivas foram suspensas durante a pandemia.
Na área do consumidor foram 25.827 requerimentos, englobando toda relação de consumo prestação de serviço, aquisição de bens, pessoas que abriram o crediário, entre outros. Em relação a dívidas bancárias houve 2.749 atendimentos e em relação a despejos, 504 casos atendidos. ”A pandemia dificultou muito ao cidadão a cumprirem suas obrigações econômicas”, explicou Patrícia. (Com Dayane Medina)