CPI: ‘paciente precisa de diagnóstico precoce’, diz ex-secretária da Saúde

Crédito: Rede Brasil Atual
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A médica Luana Araújo, infectologista que ocupou por 10 dias o cargo de secretária de enfrentamento da covid-19 no Ministério da Saúde, apontou o diagnóstico precoce dos pacientes com suspeita do novo coronavírus como principal urgência no combate à pandemia no país.

“Existe uma dificuldade das pessoas compreenderem a diferença entre abordagem precoce de um paciente e o tratamento precoce. Um paciente com suspeita de covid precisa se abordado precocemente. E o que significa isso? Ele precisa ser abordado precocemente, ter acesso ao diagnóstico imediato. E a gente sabe que existe uma dificuldade sobre isso. Ele precisa do diagnóstico imediato, ser educado sobre as medidas de isolamento social, quanto à evolução da doença e precisa ser monitorado, principalmente, contra uma situação que é a queda da saturação nos níveis de oxigênio do sangue da pessoa sem que ela perceba”, afirmou Luana à CPI da Covid no Senado.

Para Luana, faltou a pactuar as decisões referentes ao combate da pandemia com todas as esferas de governo. “Eu acho que essa é uma das razões pelas quais o ministro Queiroga insistiu tanto na criação dessa secretaria, que tem por objetivo fazer essa coordenação, promover uma melhor coordenação nesse momento”.

Luana usou uma alegoria militar para explicar o caso. “É uma estratégia quase que militar. Você tem um inimigo importante, e aí você começa a dispersar seus soldados, cada um faz uma coisa, como é que a gente tem força para lidar com aquilo? Não tem, então é uma questão até de bom senso”, afirmou a infectologista.

Apesar dos poucos dias no cargo, um dos temas explorados pela comissão, ela afirmou que se concentrou “naquilo que poderia fazer daqui para frente” e citou como melhorias necessárias o investimento em “uma comunicação clara com as pessoas, de forma unificada, que fale a linguagem das pessoas. Não adianta falar informações que elas não conseguem compreender, pelas mais variadas razões”, afirmou.

Segundo a infectologista, é preciso “deixar de ser uma gestão reativa e passar ser uma gestão proativa, antecipando eventuais problemas que a gente possa ter. Essas áreas são áreas fundamentais para que a gente tenha sucesso daqui para frente”, disse ela, afirmando que vê esse perfil no ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

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