Depois de passar a preocupação com a vacina estar pronta, o que mais preocupa os brasileiros é o atraso da segunda dose para aqueles que já receberam a primeira. De acordo com a médica infectologista, Iris Bucker Froes Menin, uma pessoa é considerada imunizada, protegida pela vacina contra COVID, quando recebe as duas doses e aguarda 30 dias para que o organismo produza os anticorpos para se proteger de uma futura infecção.
Assim, este resposta imunológica é conquistada quando se respeita o tempo para a segunda dose, não se pode adiantar mas não tem prejuízo se ela for atrasada. “Por exemplo, a pessoa não conseguiu ser vacinada no dia que foi escalada porque estava doente ou porque fazia pouco tempo que tomou a vacina da gripe ou ainda porque não tem vacina disponível. Então não tem prejuízo se a pessoa for vacinada depois da data programada, pois o organismo produzirá os anticorpos da mesma maneira”, explica. Se adiantar ele se torna ineficaz e terá de tomar novamente na data estipulada ou depois.
O problema fica mesmo para conter o avanço da doença. “O prejuízo deste atraso seria mais no contexto geral da população como um todo porque fica mais distante o objetivo de conseguir a imunização em massa, que seria um dos meios de barrar a pandemia”, pontua dra Iris.