A mina subterrânea Urucum está com as atividades paralisadas até dezembro deste ano. O motivo, segundo a Vale, empresa responsável pela mineração no local, veio após constatação de uma fissura em rocha no último domingo (14). A exploração comercial de manganês tem localização na região de Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande.
Em nota, o período será necessário para “investigação e adoção de providências” em uma das frentes de operação. A empresa dissa ainda que “um novo método de trabalho será desenvolvido”.
O acidente foi classificado como “gravíssimo” pelo Sintrexcol (Sindicato Extrativo de Corumbá/Ladário), já que o ocorrido colocou em risco a vida de trabalhadores. A Vale negou “descaso” com seus 120 funcionários que trabalham diretamente na Urucum, afirmando em texto que “não houve feridos”.
Fissura aconteceu entre a travessa 105 a 107 da galeria. Foto: Reprodução/TV Morena
Mais um acidente
Em outubro deste ano, um outro desplacamento da rocha – quando fragmentos desprendidos “movimentam” a mina – levantou o alerta na mina Urucum. O fato se deu durante atividade de limpeza de minério, na galeria Marisa 34, entre a travessa 105 a 107. No ano de 2014, esse mesmo trecho foi inundado.
Todos os casos – assim como o de agora – foram denunciados ao MPT (Ministério Público do Trabalho). A Sintrexcol espera por uma audiência com a Vale a fim de ter os esclarecimentos necessários. O encontro ainda está sem data para acontecer.
Extração no local gira em 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro e 800 mil de manganês. Reprodução: Leandro Grandi/Vale
