Autoridades chinesas e de países como Estados Unidos, França e Japão, se organizam para retirar seus cidadãos de Wuhan, região que é o epicentro da epidemia de coronavírus que provocou 106 mortes na China e tem mais de 4.500 pessoas infectadas. A cidade, localizada bem ao centro da China fica em uma província com quase 56 milhões de habitantes, público em perigo imediato da infecção, conforme especialistas na patologia.
O confinamento deixou milhares de estrangeiros retidos na região. Para retirá-los, Estados Unidos, França e Japão preparam operações de emergência.
O governo japonês anunciou que enviará um avião nesta terça-feira a Wuhan para retirar 200 cidadãos do país e aproveitará a oportunidade para entregar “máscaras e trajes de proteção” às autoridades locais.
Médicos estarão a bordo e as pessoas com sintomas como febre alta serão levadas diretamente para o hospital no desembarque. Quase 650 japoneses de Wuhan expressaram o desejo de retornar ao país e o governo planeja novos voos de repatriação.
Um voo para retirar funcionários do consulado dos Estados Unidos em Wuhan deve partir na manhã de quarta-feira (hora da China) com destino à Califórnia, anunciou o Departamento de Estado. Outros assentos serão oferecidos a cidadãos americanos “dependendo dos lugares disponíveis”.
A França também prepara uma operação para retirar seus cidadãos e outros europeus da região. Uma lista de 500 pessoas já foi estabelecida pelo consulado local, mas o número pode chegar a 1.000, já Wuhan recebe muitos estudantes franceses, além das fábricas da Renault e PSA.
As pessoas retiradas serão submetidas a um período de quarentena.
(Texto: Danilo Galvão com informações da AFP)