Sem acordo entre a empresa e município, valor de nova tarifa só deve ser definido em fevereiro de 2024
Sem acordo entre a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), o Consórcio Guaicurus e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, sobre o aumento da tarifa do transporte coletivo, o novo valor segue incerto.
Às vésperas do recesso parlamentar, o desembargador do Tribunal de Justiça marcou uma reunião, em caráter de urgência, entre as partes envolvidas. Depois de quase duas horas de reunião, nenhum acordo foi firmado.
Diálogo é o caminho mais viável para que a população não tenha prejuízos. Durante a reunião, representantes do Consórcio Guaicurus afirmaram que funcionários correm o risco de não receber o décimo terceiro salário. “O valor do reajuste da tarifa não acompanha o reajuste dos funcionários”, disse o consórcio.
A prefeita Adriane Lopes alega que não tem condições de o aumento ser concedido antes de fevereiro. “Precisamos da Câmara de Vereadores e do Governo do Estado para decidirem o valor dos repasses que incluir alunos das escolas municipais e estaduais, que utilizam o transporte público.” A Agereg alega tem que fazer valer o contrato. “O aumento seria em outubro e não em março, como a prefeitura quer. A agência alega ainda que o Consórcio não se esforçar para garantir melhorias para os usuários do transporte público”, pontua.
Na terça-feira (19), o jornal O Estado noticiou que problemas entre a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande continuam na Justiça. A empresa alega falta de repasses como um dos fatores que contribuem para a utilização de veículos antigos.
Em entrevista ao jornal O Estado, o gerente-executivo do Consórcio Guaicurus, Robson Strengari, enfatizou que a prefeitura não repassa o aumento do valor para renovação da frota desde primeiro de março de 2023.
“O cálculo é feito com base na variação de preço do óleo diesel, preço de peças/pneus, salário do motorista, variação de quilômetros rodados e passageiros transportados no período anterior”, pontua.
A idade média dos ônibus que rodam na cidade ultrapassava, em 2022, os 8 anos, enquanto a concessão permite idade média de 5 anos.
Por Thays Schneider.
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