Dez profissionais no centro cirúrgico da Santa Casa de Campo Grande realizaram a primeira captação de fígado com equipe própria de Mato Grosso do Sul. A cirurgia iniciou por volta das 22h de terça e seguiu até a madrugada de ontem (20), com três horas de duração, e sem intercorrências. Na oportunidade, também foram doados rins e córneas.
O procedimento, que é inédito e muito esperado pela Santa Casa, faz parte do processo para habilitar o hospital a realizar transplante hepático e ser uma oportunidade da população que necessita, será tratada em MS. Mas neste momento, enquanto não há o credenciamento, a instituição continuará sendo uma referência na qualidade de órgãos ofertados e uma opção de cuidado ao paciente com doenças que acometem o fígado.
Equipe própria
Há pouco mais de um mês, a Santa Casa de Campo Grande passou a ter em seu corpo clínico mais um responsável pela extração de órgãos abdominais como rins e, especialmente, fígado e pâncreas vinculado à Organização de Procura de Órgãos (OPO). Que fará a captação em pacientes doadores em Mato Grosso do Sul. Outra grande conquista é a otimização do tempo de procedimento, uma situação que oferece ainda mais acolhimento aos familiares.
De acordo com o médico responsável pela captação de órgãos, Gustavo Alves Rapassi, mantendo uma equipe própria de captação de órgãos na Santa Casa de Campo Grande, reduz o tempo no UTI, elevando o número de transporte de órgãos e de pessoas transplantadas.
Para ele, ter mais profissionais habilitados em Mato Grosso do Sul facilita o desembarque de órgãos como fígados e rins, rapidamente de avião para qualquer cidade que tem leito de UTI, habilitando o transplante e doação de órgãos.
Disseminar a cultura da doação de órgãos é muito importante para atender maior número de pessoas no Estado. “Todo mundo tem que conversar com familiar para que quando ocorra a morte, ter facilitada a doação de órgãos”, conclui o médico em entrevista a rede de tv local. (com Alessandra Messias)