[Texto: por Marina Romualdo, Jornal O Estado de MS]
Preços chegam a variar 215% entre um condomínio e outro
Com o passar dos anos os imóveis de Campo Grande ficou cada vez mais valorizados. As coberturas, por exemplo, tem atraído olhares, tanto pela boa estrutura quanto pelo alto preço, chegando a R$ 6,3 milhões.
Para o presidente do Sindimóveis – MS (Sindicato dos Corretores de Imóveis), Roberto Borgonha, o setor cresceu e registrou aumento nas vendas de imóveis de luxo. “Os imóveis de primeira linha não tiveram crise nos últimos dois anos, sempre estiveram dentro do mercado e foram todos vendidos, pois sempre teve alguém interessado em comprar um imóvel de alto padrão”.
“Além disso, o diferencial é pelo imóvel com terrenos personalizados e condomínios fechados que garantem um comprador e um valor mais elevado das coberturas da Capital”, completa Borgonha.
O metro quadrado, a zona híbrida, espaço para piscina são os que mais influenciam na hora da compra. A engenheira civil, Denise Estigarribia de Freitas relata que as metragens são os motivos que mais garante um aumento na hora das vendas das coberturas. “O apartamento mais alto é o mais caro e que muitas pessoas têm mais interesse de comprar.
A construção, o acabamento, o piso serão todos mais refinados e irá agregar no valor da cobertura. Um exemplo disso é que nos imóveis de alto padrão o piso é porcelanato e custa o triplo do piso cerâmico. Desta forma, tudo acarreta para a valorização do apartamento”, explica.
Na Capital, o prédio mais alto é o Grand Park Tower que possui 43 andares e 138 metros quadrados, fatores que o tornam o maior edifício da cidade e do estado.
Em relação aos recuos, a engenheira afirma que a própria Prefeitura de Campo Grande analisa e define os recuos de cada região. “Na região central não é preciso de recuo, mas em outras áreas é feito um calculo definido e passado para os engenheiros. Depende muito do local onde está sendo realizada a construção”.
Coberturas mais caras
Conforme apurado pelo jornal O Estado, a cobertura encontrada pelo valor mais caro fica localizada em um condomínio fechado, na Rua Jintoku Minei, no bairro Jardim dos Estados, ao lado do Shopping Campo Grande. O imóvel com 458 metros quadrados privativos e 657 metros quadrados de área total, possui quatro quartos, 7 banheiros e está a venda por R$ 6.300.000.
O local possui quatro suítes sendo duas semi-suítes, uma suíte plena e uma suíte máster com closet, piscina privativa aquecida, home cinema, living enorme com sacada panorâmica e pé direito duplo, espaço gourmet privativo no piso superior com churrasqueira e vista panorâmica.
Em seguida, estão as coberturas do condomínio da Rua da Paz, no bairro Santa Fé. Uma delas está a venda por R$ 3.200.000 com 296,33 metros quadrados de área útil. O imóvel possui sala ampla para três ambientes com espaço reversível adaptado para home office (sanca com projeto de iluminação embutida), lavabo, três suítes e cozinha planejada com área de serviço isolada com banheiro, edifício com infraestrutura completa de segurança e lazer, além de ter quatro vagas de garagem.
No edifício que fica localizado na Rua 13 de Junho, a cobertura está avaliada em R$ 3.500.000,00. Possui uma área total de 748,00 metros quadrados e 542,18 metros quadrados de área útil. No imóvel tem 3 suítes, quatro sacadas, cozinha planejada e hidromassagem.
Na Rua Alagoas também tem uma cobertura duplex a venda por R$ 4.650.000. No prédio tem área de lazer, campo de futebol, deck, piscina aquecida, piscina coberta e piscina infantil.
Já a cobertura que fica localizada no condomínio da Rua Dom Aquino, conta com três quartos e oito banheiros possui 222 metros quadrados e está avaliada por R$ 2.000.000. No edifício tem piscina, varanda, elevador, churrasqueira, área gourmet e entre outros.
M² por região
Conforme o Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a pesquisa de índice de preços de imóveis anunciados mostra que o metro quadrado na região do Prosa é o mais caro, R$ 6.769. Em 12 meses, a valorização foi de 13,1%.
No centro está R$ 4.895, aumento de 13,9%; na região Bandeira (R$ 4.180 o metro quadrado), alta de 13,1% em 12 meses; Segredo (R$ 3.994 /m²), + 2,8% ; Lagoa (R$ 3.600), + 11,6% ; e Imbirussu (R$ 2.863), valorização de 16,1% .
A região Anhanduizinho tem o metro quadrado a R$ 2.941, foi a única a ter queda em 12 meses, ficando em 3,5%.
Dados do levantamento da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Fipe mostram que o Brasil vendeu 74.570 novos imóveis até maio. O total equivale a um crescimento de 26,6% nos cinco primeiros meses de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021.