O dinheiro proveniente de áreas de infecção de alto risco, como hospitais e mercados da região de Wuhan, será especialmente tratado e devolvido ao banco central em vez de voltar a circular. As medidas foram anunciadas pelo Banco Popular da China no último sábado (15) e visam conter a propagação do vírus, a estratégia é uma limpeza profunda e destruição de cédulas potencialmente infectadas.
Ainda que haja muito desconhecimento sobre o vírus, especialmente sobre vetores de contaminação e período de incubação, uma informação preocupante é clara: o organismo consegue sobreviver por várias horas em superfícies fora do corpo do hospedeiro, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
É justamente por isso que edifícios e empresas nas áreas afetadas desinfetam regularmente botões de elevador, maçanetas de portas e outras superfícies comumente tocadas. A sobrevivência do vírus fora do corpo do hospedeiro explica a preocupação com o dinheiro, já que é um objeto que muda de mãos várias vezes ao longo dos dias.
Em um comunicado à imprensa, o governo central chinês informou que todos os bancos devem desinfetar todas as suas cédulas com luz ultravioleta em altas temperaturas. Além disso, o banco deve armazenar o dinheiro por 14 dias antes de liberar para os clientes.
Para compensar o suprimento monetário e garantir que os bancos não fiquem sem capital, o banco central chinês emitirá grandes quantidades de dinheiro novo e não infectado. Em janeiro, o órgão destinou 4 bilhões de yuans (cerca de US$ 573,5 milhões, na conversão direta) em novas notas a Wuhan, a cidade chinesa onde o surto começou, disse o comunicado de imprensa do governo.
(Texto: Lyanny Yrigoyen com InfoMoney)