Com a confirmação do vírus influenza H3N2 circulando no Rio de Janeiro e São Paulo, Mato Grosso do Sul acende o alerta na saúde com a nova cepa que foi confirmada em Campo Grande. Batizada de Darwin, a Capital registrou três casos, porém, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou nesta quinta-feira (16) que não há risco de surto. Ainda sim, o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Julio Croda destacou que cuidados são necessários porque essa variante escapa da eficácia da vacina usada nos postos de saúde.
De acordo com a Sesau, na quarta-feira (15), os primeiros casos confirmados de Influenza no município neste ano oram confirmados, sendo que um deles é de um paciente que veio do Rio de Janeiro, região que está sofrendo com um surto.
A secretaria municipal ressaltou a importância da vacinação, que é a melhor forma de prevenção contra a Influenza. Porém, esta vacina contra a gripe usada no programa de imunização não cobre a proteção específica contra a cepa Darwin. Segundo Croda, há sim alguns riscos com a circulação desse vírus, o que reforça ainda mais a necessidade de distanciamento, higiene das mãos e uso de máscara.
”Na ultima campanha de vacinação, as doses contra a gripe não tinham a fórmula capaz de inativar a H3N2, o que nos deixa desprotegidos. Portanto, em março de 2022, creio que a solução estará com a atualização de vacinas que estabilizam esta mutação do vírus,” explicou.
”A possibilidade de pessoas se infectarem com a H3N2 em Campo Grande gera sim preocupação, porque em conjunto com os casos de COVID-19 e da variante omicrôn, são mais possibilidades de internações, dúvidas e pânico por parte da população,” completou.
Em São Paulo, a Influenza A H3N2 é responsável pelo aumento de atendimentos nos postos de saúde e até de internações. Entre os sintomas citados estão febre alta, calafrios, miagia, cefaleia, mal-estar além de a pessoa se sentir sem apetite.