Estátuas, placas de bronze, porta-retratos e flores são objetos que estão desaparecendo dia após dia dos túmulos do cemitério Santo Antônio, localizado na Av. Consolação, Vila Santa Dorotheia, em Campo Grande. A cada sepultura é possível enxergar as marcas de vândalos no local, que vêm arrancando pequenas lembranças deixadas com carinho por quem ficou.
Desolada, uma leitora que preferiu não se identificar, conta que dois dias após se despedir da tia, retornou ao cemitério, e logo que chegou, percebeu a depredação. “Com toda tristeza que estamos lidando é muito triste ver que o túmulo de pessoas que a gente ama estão sendo danificados. Hoje quando cheguei lá, vi vários santos empilhados para serem carregados, essas pessoas entram à noite, pegam objetos e ainda deixam outros separados para o dia seguinte. As famílias precisam ficar atentas, visitar com frequência e cuidar sempre. Isso é uma falta de respeito terrível”, destaca.
A equipe de reportagem do Estado Play esteve no local e conversou com o administrador da unidade, Michel Wender que lamenta a situação. ” Esses casos já eram recorrentes, mas desde o início da pandemia se intensificou. Ladrões entram aqui, pegam os santos, placas com nomes dos finados, todos os objetos possíveis e vendem”, detalha.
Segundo o responsável pelo cemitério, a segurança do local é feita das 7h às 17h, apenas no período de funcionamento. Com isso, os autores pulam os muros e saqueiam as covas durante a madrugada, quando não há ronda. “Antes da gestão do Marquinhos Trad, o cuidado da área era feito por concessão pública, mas agora está em processo de licitação, que embora esteja adiantado, não tem data para conclusão”, afirma. Ainda de acordo com Michel, a proposta calcula rondas noturnas e câmeras de segurança.
Com informações de Itamar Buzzatta
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