A ceia de Natal deste ano terá um peso maior no bolso do consumidor já que os alimentos tendem a ficar ainda mais caros próximo das datas festivas. Mesmo aqueles que optam pelo churrasco, os valores desembolsados pelos consumidores será ainda maior do que no ano anterior, cerca de 40%.
Itens analisados pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getúlio Vargas, mostra que o frango inteiro, um dos alimentos mais procurados nesta época do ano, foi o que mais subiu e teve alta de 27,34% no preço. Em seguida aparece o ovo, normalmente usado nas saladas, que aumentou 20%.
Segundo a economista e supervisora Técnica do escritório regional do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos) em Campo Grande, Andreia Ferreira, no caso de produtos típicos de festas e datas comemorativas, como Natal e Ano Novo, vale a pena esperar para fazer compras de véspera, para tentar ajustar melhor as contas.
“As carnes, seja a bovina ou de aves, tendem a se manter com preços em elevação, assim
como os panetones e demais derivados de trigo, então, em termos financeiros, é fundamental pesquisar os preços, aproveitar os dias de promoção e procurar frutas e verduras de época”, explicou.
Outros produtos como panetone, azeitona verde sem caroço e a caixa de bombom de chocolate tiveram aumento de 25,96%, 21,91% e 12,83%, respectivamente, segundo o levantamento.
Churrasco de Natal será salgado
Mesmo que o consumidor busque fugir dos altos preços dos produtos da ceia de Natal e queira fazer um tradicional churrasco, saiba que o mesmo sairá ainda mais caro esse ano. Ao longo de 2021, o grupo de carnes tem despontado em relação aos preços dos outros alimentos, alguns dos quais tanto compõe a cesta básica quanto a própria ceia.
Ainda segundo a economista do Dieese, de janeiro a outubro deste ano, foram nove meses de alta, sendo oito meses de alta consecutiva. Em 2020 neste período, o preço médio da carne foi de R$ 26,49, e este ano foi $ 37,37, uma diferença de R$ 10,88. “Então hoje, este valor já está maior em pouco mais de 40%, e é uma tendência que pode se manter até o final do ano”, destacou.
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