Somente este ano, Mato Grosso do Sul já registrou 60,2 mil casos notificados de dengue conforme o último boletim epidemiológico divulgado ontem (14), pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Com a volta da temporada de chuva, propício para a reprodução do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença, os casos tendem a aumentar. Desde setembro, o boletim epidemiológico do dia 11 mostra que eram 54,6 mil casos notificados no Estado, ou seja, os números já aumentaram em 5,5 mil casos.
Em Campo Grande, são 22.262 casos notificados o que representa 37% do total. Dos 79 municípios, apenas quatro registraram média incidência sendo: Anastácio, Inocência Juti e Paranhos. O restante está com alta incidência da doença e São Gabriel do Oeste, distante 128 quilômetros da Capital, é a cidade que apresenta maior incidência, com 1.485 casos notificados. Em segundo lugar está com Dois Irmãos do Buriti, com 590 casos e, na sequência, a cidade de Três Lagoas, com 5.535 notificações.
Ainda, conforme o boletim epidemiológico de ontem (14), são 35.894 casos confirmados da doença em Mato Grosso do Sul e 18.291 na Capital. Em relação aos óbitos, já foram registrados 27 mortes por dengue, sendo 8 em Campo Grande, 8 em Dourados, 3 em Três Lagoas, 2 em Coxim e uma morte foi registrada em Maracaju, Miranda, Amambai, Costa Rica, Ponta Porã, Corumbá.
Por conta do aumento nos casos da doença, o Ministério da Saúde antecipou a campanha de combate ao mosquito e lançou no dia 11 de setembro uma ação mobilizando secretários, prefeitos e a população para medidas de prevenção contra o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. No Estado, o auge das notificações de dengue foi registrado em março e abril deste ano.
Conforme dados do Ministério da Saúde, 650 pessoas morreram entre 30 de dezembro do ano passado e 24 de agosto deste ano e a região sul do país foi a que teve o maior aumento percentual de novos casos de dengue, zika e chikungunya.
(Texto: Rafaela Alves)